Estudo indica que exame de sangue pode identificar depressão pós parto

Análise do sangue de mulheres grávidas tem precisão de 80%

Por Da Redação
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Estudo indica que exame de sangue pode identificar depressão pós parto

Foto: Reprodução/TV Brasil

Pesquisadores americanos do Instituto Van Andel e da Universidade Estadual de Michigan publicaram recentemente um estudo afirmando que 15 biomarcadores encontrados no sangue de mulheres grávidas podem indicar possíveis ocorrências de sintomas da depressão com até 83% de precisão.  

Para o levantamento, foram estudadas 114 voluntárias, em que 14% das participantes chegaram a ter pensamentos suicidas ao longo da gravidez.

“A depressão não é algo que ocorre apenas no cérebro. As suas “impressões digitais” estão em todas as partes do corpo, incluindo no sangue. Poder prever a depressão relativa à gravidez e sua severidade será um divisor de águas para proteger a saúde das mães e seus filhos”, afirmou a médica Lena Brundin, uma das coordenadoras do estudo.

Durante o quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, na CNN, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou que a depressão pós-parto se caracteriza por um conflito interno entre o que a paciente de fato sente e o que ela deveria sentir em um momento considerado “muito importante”. Os sintomas envolvem cansaço, baixa autoestima e alterações de humor.

As mudanças hormonais ao longo da gestação são uma das principais causas do quadro, assim como os níveis de progesterona e o estrógeno, que mudam bruscamente após o parto. A ocitocina, o “hormônio do amor”, que auxilia no processo do nascimento e injeção do leite materno, também sofre alterações. 

“Esse acaba sendo um cenário que mistura uma pré-disposição da pessoa, como uma situação que acaba sendo desafiadora. A gente não tem como negar que isso realmente acontece”, afirmou, citando a sobrecarga de tarefas e o sono irregular como impulsionadores. 

“Quando percebemos que as coisas estão fugindo do normal, que existe prejuízo e sofrimento, temos [que buscar] profissionais gabaritados. A ciência já progrediu até aqui para reconhecer este problema. Por que não, junto com o acolhimento de pessoas próximas, procurar um profissional para identificar rapidamente e estabelecer um tratamento o quanto antes?”, concluiu.

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