Estudo revela aumento da taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil

Dados comprovam que grupo de 100 infectados transmite o vírus para 108 pessoas

Por Da Redação
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Estudo revela aumento da taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil

Foto: Reprodução/G1

O Brasil se consolida como país que vive por mais tempo o descontrole da pandemia do coronavírus no mundo. No momento em que completou três meses com a doença ativa circulando em todo o território nacional, o país subiu mais um patamar em relação ao número absoluto de casos e mortes pelo coronavírus.  

Nessa quarta-feira (29), após registrar o maior número de confirmações e óbitos pela doença em 24 horas, o Brasil ultrapassou 2,5 milhões de infectados e a marca dos 90 mil mortos. O recorde ocorreu um dia após a pasta relatar instabilidades no sistema computacional de São Paulo para exportar os números do estado.

Mais de 69.074 diagnósticos positivos e 1.595 vidas perdidas foram incluídos no balanço nacional da pandemia feito pelo ministério, contabilizando 2.552.265 de doentes e 90.134 fatalidades. Sem controle da taxa de transmissão e longe de possuir um isolamento social efetivo em diversos estados.

O Crescimento

O Brasil apresentou aumento de casos em todas as regiões do país, da 29ª para a 30ª semana epidemiológica, concluída no último sábado com recorde de acumulados em sete dias. Com a atualização, pesquisadores do Imperial College de Londres observaram que o Brasil voltou a registrar aumento na taxa de transmissão.

A pandemia em território nacional, que pela primeira vez apresentava crescimento lento, voltou ao patamar de expansão acelerada da doença, o pior nível. A avaliação calcula que a taxa brasileira é de 1,08, ou seja, cada grupo de 100 infectados transmite o vírus para outras 108 pessoas.

O pesquisador José Alexandre Diniz Filho, professor do departamento de ecologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), explica que a taxa de transmissão é fundamental para auxiliar na definição da flexibilização, capacitação das unidades de saúde e projeções.

“Esses indicadores em macro-escala, baseados em telefonia celular, estão capturando o padrão geral de mobilidade da população. Há outros fatores que podem ser importantes para controlar o número de transmissões, como o uso de máscaras, ausência de aglomerações, medidas de higiene pessoal, mas os vários estudos mostram que tudo isso é mais efetivo quando há, também, uma redução da mobilidade da população, que é realmente o que esses índices estão medindo”. Explica.

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