Senador questiona a Aras se ele acha que homossexualidade é doença

Na manhã desta quarta-feira (25), durante a sabatina de Augusto Aras na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Fabiano Contarato relatou as dificuldades e indignações dele em uma das indagações realizadas ao indicado por Jair Bolsonaro para o cargo de Procurador-Geral da República, do MPF. 

Durante uma de suas falas na sessão, o senador que foi eleito no Espírito Santo com 1.117.039 votos, relata e ressalta a sua condição de homossexual, de constituição familiar nesta condição e levanta a discussão sobre a descriminalização da homofobia e o direito de viver numa sociedade igualitária. 

"Dentro do projeto da Cura Gay procurador, eu sou um doente. Eu sou um doente procurador? Eu tenho um filho, uma família, fui delegado, como posso concordar e viver garantindo a minha segurança e a da minha família assim?". Fabiano é Formado em direito pela Universidade Vila Velha, foi professor e delegado de polícia da Academia de Polícia Civil do Espírito Santo e é especialista em Impactos da Violência na Escola pela Fundação Oswaldo Cruz.

Em resposta ao senador, o procurador Augusto Aras afirma. "Eu não posso deixar de compreender a todos os fenômenos sociais e humanos. A minha unica ressalva é com a constituição e a citação de cidadãos, retirando a determinação de homem ou mulher. Ou seja, nossa dificuldade aqui é meramente formal. E ressalto que sou contra a cura gay". 

Na manhã de hoje, alguns senadores estão fazendo perguntas ao novo procurador geral, todavia, apenas 19 terão o poder da fala. Depois da sabatina na CCJ, o nome de Aras vai para votação no plenário da casa. Para ser aprovado, são necessários 41 votos, dos 81 válidos. A presidente da CCJ Simone Tebet, já abriu o painel de votação e os senadores que quiserem, já podem votar.