Ex-comandante criticado por defender manifestações em QG do exército deve depor a favor de Mauro Cid nesta quinta (22)
Júlio Cesar de Arruda foi indicado como testemunha de defesa sobre as acusações da suposta trama golpista

Foto: Divulgação/ALMT
O ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda deve prestar depoimento, em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (22). Ele foi indicado para testemunhar a favor do tenente-coronel Mauro Cid na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Em depoimento ao STF, Arruda deve falar sobre a atuação do Exército antes e durante os atos golpistas do 8 de janeiro. Em volto a polêmicas, Arruda foi criticado dentro do governo federal por ser contra a retirada do acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército e também por impedir a prisão imediata dos participantes após os atos.
Arruda também indicado para depor a favor de Jair Bolsonaro (PL), réu na mesma ação penal.
Por conta do acordo de delação premiada assinado por Cid, as testemunhas de defesa dele serão as primeiras a serem ouvidas. Ainda na quinta-feira, outras sete pessoas devem depor, todas militares.
O grupo de testemunhas de acusação foi indicado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Já foram ouvidos, os ex-comandantes Carlos de Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica) e Marco Antônio Freire Gomes (Exército), onde ambos confirmaram que Bolsonaro discutiu com eles medidas que poderiam reverter o resultado das eleições.