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Ex-funcionária de Alexandre Pires é condenada a 16 anos de prisão por desviar R$ 1,5 milhão do cantor

Uiara Teixeira e o marido foram condenados por furto qualificado e lavagem de dinheiro

Por Da Redação
Ás

Ex-funcionária de Alexandre Pires é condenada a 16 anos de prisão por desviar R$ 1,5 milhão do cantor

Foto: Nany ArtClub

Uiara Regina Cardoso Teixeira, ex-administradora financeira do cantor Alexandre Pires e da esposa, Sara Campos, foi condenada a mais de 16 anos de prisão pelo desvio de R$ 1,5 milhão e lavagem de dinheiro. As informações constam no processo criminal que tramita na 3ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia.

O marido da ex-funcionária do artista, Elcione Cassiano, também foi condenado a seis anos de prisão por lavagem de dinheiro.

A advogada do casal condenado, Luciana Aparecida de Freitas, afirmou que já recorreu da sentença e comprovará no processo a inocência dos clientes. 

Por meio de nota, Uiara afirmou que sempre atuou com zelo durante mais de cinco anos na função e que participou de todas as auditorias mensais feitas pelo mesmo escritório contábil que, depois, emitiu laudo apontando 'supostas incongruências contábeis'.

A assessoria de Alexandre Pires informou que ele e a esposa não vão se manifestar sobre o caso.

Como funcionava o esquema

A ex-funcionária de confiança do cantor Alexandre Pires, tinha acesso irrestrito às contas bancárias, documentos e cheques em branco do casal. Segundo o Ministério Público, ela aproveitou essa confiança para realizar movimentações financeiras suspeitas, como depósitos sem origem comprovada.

Ela supervisionava o trabalho de outros funcionários e centralizava as decisões. Testemunhas disseram que era comum ela conferir os cheques e, quando os valores ultrapassavam as faturas, solicitava o restante sob justificativa de outros pagamentos. Essas movimentações se intensificaram a partir de 2014, passando a acontecer semanalmente.

O marido dela, Elcione, foi apontado como responsável por lavar o dinheiro desviado das contas do cantor.

Segundo o casal, Uiara utilizou procurações revogadas para praticar os crimes.

"Neste caso, apesar da negativa de autoria, no sentido de que a parte ré não subtraiu valor algum das vítimas, a prova é robusta para a condenação. Após quebra de sigilo bancário da vítima, como bem constou do relatório de auditoria contábil financeira, a parte ré fez movimentação de numerários muito acima do que recebeu no período. Apesar dos seus documentos juntados, ganhos relevantes, além do seu salário como empregada, não foram demonstrados", justificou o magistrado ao dar a sentença.

Além da condenação criminal por furto qualificado e lavagem de dinheiro, o juiz determinou o pagamento de R$ 1,5 milhão em indenização aos empresários, o bloqueio de bens da condenada para garantir o ressarcimento do dinheiro furtado, além do pagamento de multa.

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