Fachin é pressionado por homologar delação de Sérgio Cabral que cita Toffoli, diz colunista
Declarações endossam investigação da PF sobre pagamentos de propina ao ministro do STF

Foto: Reprodução/Jornal de Brasília
O pedido de autorização feito pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ministro Dias Toffoli gerou questionamentos internos ao ministro Edson Fachin. Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (13), pela coluna de Mônica Bergamo na Folha de São Paulo, ele promulgou a delação do ex-governador Sérgio Cabral, com base na qual a Polícia Federal (PF) quer investigar Toffoli.
Os ministros declararam a Fachin que ele deveria escrutinar melhor as delações. A de Cabral, feita pela PF, é contestada pela Procuradoria-Geral da República e criticada por procuradores do Rio. Outros magistrados lembraram, em conversa antes do início da sessão, que receberam reiteradas informações em anos recentes de que delatores eram pressionados por investigadores a citar magistrados de tribunais superiores nas delações.
Cabral disse em sua delação que Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em nota divulgada pelo STF, Toffoli nega ter recebido qualquer recurso. Na conversa dos ministros, ele disse que as decisões dos casos citados foram endossadas por outros magistrados do TSE, sendo uma delas, por unanimidade).