Fiocruz considera prematura retirada de máscaras contra Covid-19

Equipamento é necessário para evitar propagação do novo coronavírus

Por Da Redação
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Fiocruz considera prematura retirada de máscaras contra Covid-19

Foto: Agência Brasil

O Boletim do Observatório Covid-19, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta sexta-feira (11), aponta que o relaxamento de medidas protetivas, como o uso de máscaras em locais fechados de forma irrestrita, é prematuro. Os pesquisadores afirmam que as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica de transmissão da doença.

"Flexibilizar medidas como o distanciamento físico [controlado pelo uso do passaporte vacinal] ou o abandono do uso de máscaras de forma irrestrita colabora para um possível aumento, e não nos protege de uma nova onda", afirma o boletim. "Atualmente, o ideal é voltarmos ao padrão do início da pandemia, quando recomendávamos fortemente o uso de máscaras, higienização de mãos e evitar as aglomerações", aponta o boletim.

O texto afirma, ainda, que as medidas de mitigação tomadas até então para controlar a pandemia ocorreram de forma tardia, quando as ondas de contágio já haviam se instalado. "Isto significa dizer que o custo humano para chegarmos ao patamar atual foi a perda de 650 mil pessoas, desnecessariamente. Dito isso, reforçamos que o relaxamento prematuro das medidas protetivas, assim como não investir na motivação da população sobre a vacinação, significa abandonar a história de tantas vidas perdidas", destacam os pesquisadores. 

No boletim, os estudiosos também citam um estudo recente que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%. Com o surgimento da variante Ômicron e sua maior capacidade de escape dos anticorpos, o boletim afirma que as máscaras ficaram ainda mais importantes.  "A vacinação por si só não é suficiente para controlar a pandemia e prevenir mortes e sofrimento, é fundamental que se mantenha um conjunto de medidas combinadas até que o patamar adequado de cobertura vacinal da população alvo seja alcançado", acrescenta  a publicação.

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