Fiocruz informa que nenhum estado tem ocupação acima de 90% de leitos de UTI Covid

Um levantamento divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta quarta-feira (14), aponta uma melhora no cenário da pandemia no Brasil. Pela primeira vez desde o início de dezembro de 2020, nenhum estado registra taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no SUS superior a 90%. Os dados são referentes a mais recente semana epidemiológica, de 4 a 10 de julho.  

De acordo com a Fiocruz, o número de casos e mortes vem caindo há três semanas em um ritmo de 2% ao dia, mas ainda permanece em alto patamar. A taxa de letalidade segue em torno de 3%, percentual considerado também elevado. Segundo os pesquisadores da fundação, a diminuição na incidência de novos casos e de mortes pode indicar um processo de arrefecimento da pandemia, que deve persistir nos próximos meses. O estudo também sinaliza que a tendência de redução das taxas de ocupação de leitos é um reflexo desta nova fase. 

Na última terça-feira (14), o Imperial College informou que a taxa de transmissão do vírus (rt) é a menor desde novembro de 2020. Ela caiu para 0,88. No relatório da semana anterior, o número era de 0,91. O índice atual indica que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 88 pessoas. Quando fica abaixo de 1, a taxa de contágio indica tendência de estabilização. A diminuição nas internações e mortes apontada pelo levantamento da Fiocruz, por sua vez, foi mais expressiva nos grupos prioritários, como idosos e pessoas com comorbidades, atestando que a vacinação é diretamente responsável pela melhora na situação. 

A pesquisa também indica tendências de queda no indicador de ocupação de leitos em todos os estados do Nordeste, Sudeste e Sul e também no Mato Grosso do Sul. Apenas quatro estados da Região Norte (Rondônia, Amazonas, Pará e Tocantins) e Goiás apresentaram crescimento em relação ao boletim da semana anterior. Apenas quatro capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 iguais ou superiores a 80%: São Luís (81%), Rio de Janeiro (81%), Goiânia (92%) e Brasília (80%).