Garantir a infância

Por Da Redação
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Garantir a infância

Foto: Divulgação

O Dia da Infância é lembrado, no Brasil, em 24 de agosto. O livre brincar é, sem dúvida, o ato mais representativo deste momento da vida, uma irrefutável atividade que estimula o lúdico, sugere o convívio com outras crianças e possibilita, entre tantas coisas, o desenvolvimento motoro e cognitivo. Mas, por certo, é uma data que propõe a reflexão sobre as condições de vida de meninos e meninas durante os primeiros anos da existência, afinal, é grande a parcela de crianças que por diversos motivos estão privadas de uma infância saudável. 

Um levantamento da Fundação Abrinq, publicado em maio deste passado, evidencia uma infância deficitária e problemática em ao menos 45% das crianças no Brasil. Este é o índice de crianças com até 14 anos que vivem em situação de pobreza, algo em torno de 9 milhões, sendo 4 milhões moradoras de favelas. Deste número, segundo o documento, 16,4% das adolescentes foram mães antes dos 19 anos.

Tentar apontar caminhos para uma infância satisfatória entre crianças que convivem com fome, criminalidade às vezes dentro de casa, gravidez precoce e trabalho forçado logo cedo, convenhamos, é um malabarismo desumano. O pleno desenvolvimento, independente do que pede o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não estão assegurados e não existem oportunidades necessárias para todos. 

Em momentos tumultuados com os dias atuais, incentivos à Primeira Infância são importantíssimos.  É um zelo de responsabilidade dos pais, do poder público e da sociedade organizada. Mais políticas públicas voltadas às crianças significa protegê-las de um mal estar social tão eminente no país, com uma interminável polarização política que se acirra constantemente, fundamentada por ódio, fake news e revanchismos, no mínimo, patéticos. 

Ser um bom cidadão e viver com requisitos mínimos de dignidade passam por uma infância bem assistida. 

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