Gleisi Hoffmann elogia veto de Motta e defende cassação de Eduardo Bolsonaro
Ministra falo com jornalistas na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23)

Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), fez um elogio ao veto do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), por indeferir o pedido da oposição de nomear o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para ser líder da Minoria.
Hoffmann fez a declaração aos jornalistas na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23) e as informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles.
"Achei muito importante. Acho que esse processo tem que correr rápido no Conselho de Ética. Esse deputado tem que ser cassado. Ele faz um desserviço ao país. É ele quem está articulando inclusive essas sanções contra ministros do Supremo. Foi ele que articulou as sanções econômicas, e está fazendo algo que é contra o Brasil e contra o povo brasileiro. Não tem justificativa ele continuar deputado", disse a jornalistas na Câmara.
Na última semana, a oposição decidiu indicar Eduardo ao cargo de liderança da maioria na Casa. No entanto, ainda nesta terça-feira (23), Motta indeferiu o pedido do grupo aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Também nesta terça (23), o Conselho de Ética da Câmara abriu um processo contra o deputado por quebra de decoro parlamentar, o que pode resultar na cassação do mandato.
Processo contra Eduardo Bolsonaro
O processo foi instaurado após uma ação apresentada pelo PT. Além dessa, existem outras três representações no colegiado que visam a cassação do mandato de Eduardo, no entanto, elas ainda não foram pautadas.
Na representação, o PT questiona a atuação do parlamentar nos Estados Unidos, acusando-o de trabalhar em defesa de sanções para "desestabilizar instituições republicanas" brasileiras. Além disso, o partido solicita a perda do mandato de deputado.
Para relatar o caso, o colegiado sorteou os seguintes nomes:
- Duda Salabert (PDT-MG)
- Paulo Lemos (Psol-AP)
- Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-AP).
Com a lista tríplice definida, o presidente do Conselho, deputado Fabio Schiochet (União-SC), escolherá o relator. Atualmente, Eduardo vive nos Estados Unidos e afirma que não retornará ao Brasil devido à "perseguição política".