Governo dos EUA divulga arquivos do caso Epstein
Jeffrey Epstein, bilionário americano, foi condenado nos anos 2000 por comandar uma rede de exploração sexual

Foto: Departamento de Justiça dos EUA
O governo dos Estados Unidos divulgou novos arquivos do caso de Jeffrey Epstein nesta sexta (19).
Jefrrey Epstein foi condenado por abuso de menores e por comandar uma rede de exploração sexual. Ele possuía relações próximas com políticos e famosos.
Jeffrey Epstein é acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade. Ele foi preso em julho de 2019, mas segundo autoridades, tirou a própria vida dentro da cela depois de um mês preso.
Os arquivos foram liberados após aprovação de um projeto de lei que obriga o governo americano a divulgar informações da investigação. A proposta, sancionada por Donald Trump, resultou na divulgação de mais de 300 mil páginas da investigação.
Em arquivos divulgados nessa sexta há fotos de Epstein com politicos e famosos como Bill Clinton, Michael Jackson e Mick Jagger. O ex-presidente americano, Bill Clinton, aparece em múltiplas fotos.
Em uma das imagens é possível ver o ex-presidente numa banheira de hidromassagem ao lado de uma pessoa com o rosto borrado. Em outra imagem, Clinton aparece em um avião ao lado de uma mulher vestindo uma camisola, também com o rosto borrado. Informações são do jornal The New York Times.
Em outro registro, ele está abraçado com Epstein num jantar sofisticado, segundo o Wall Street Journal. Ainda não se sabe o contexto em que os registros foram feitos.
Ainda de acordo com o Wall Street Journal, um porta-voz de Bill Clinton afirmou que ele rompeu relações com Epstein muito antes da descoberta de seus crimes.
Em muitas outras fotografias estão celebridades como Michael Jackson e Mick Jagger.
Em uma das fotos Michael Jackson posa ao lado de Epstein usando óculos escuros. Outra registra um jantar com Bill Clinton e Mick Jagger.
De acordo com a BBC, outras celebridades que aparecem são o ator Chris Tucker e a cantora Diana Ross. Também não é claro onde foram tiradas as fotos ou em que contexto.
O Congresso dos EUA publicou em novembro mensagens que sugerem que o presidente americano Donald Trump tinha conhecimento dos crimes de Epstein. Eles foram amigos entre os anos 1990 e início dos anos 2000. Ele aparece em mensagens, como em uma enviada por Epstein em 2019, afirmando que Trump "sabia sobre as garotas".
Uma das promessas do governo Trump foi a divulgação dos arquivos, mas nos últimos meses, o presidente americano passou a chamar o movimento de "farsa", alegando que se trata de uma invenção da oposição para desviar a atenção de temas como o orçamento federal.
Três dias depois, Trump voltou a defender a proposta, afirmando que os republicanos "não tinham nada a esconder".
Os arquivos também incluem duas menções ao Brasil: na primeira, Epstein recebe um recado pedindo que ligasse para uma mulher com o assunto "Brasil". Em outra, há uma anotação indicado que uma mulher foi fotografada sem seu conhecimento. A pessoa, que não teve o nome revelado, teria ido ao Brasil aos 18 anos e retornado aos Estados Unidos dois anos depois.
O vice-procurador-geral dos Estados Unidos afirmou que o governo ainda deve divulgar centenas de milhares de documentos, mas não todos os arquivos. O Departamento de Justiça também já havia informado que nem todos os arquivos serão divulgados.
A identidade das vítimas e seus nomes também não serão divulgados.


