Gripe aviária: ministro da Agricultura diz que foco em granja do Rio Grande do Sul foi contido
Após o período de vazio sanitário, o Brasil poderá se declarar livre da doença

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (4) que o foco de gripe aviária em uma granja no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, foi contido e que a doença não se espalhou para fora do estabelecimento.
"Esse vírus é tão letal que, em 4 ou 5 dias, não sobrevive um animal. Se não tem animal morrendo, o foco foi contido", afirmou Fávaro, durante coletiva de imprensa.
O primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial brasileira foi detectado no dia 15 de maio. Anteriormente, o Brasil só havia registrado casos em aves silvestres e de criação doméstica.
"É importante dizer que nós estamos com 14 dias de vazio sanitário e não tem mais morte de animal. Portanto, fica muito comprovado que o caso [de gripe aviária] não saiu da granja", pontuou o ministro.
O vazio sanitário, citado por Fávaro, refere-se ao período de 28 dias seguintes ao término da desinfecção da granja em Montenegro, correspondente ao ciclo do vírus.
Se até o próximo dia 18 o Brasil não confirmar nenhum novo caso, o país poderá se declarar livre da gripe aviária. Assim, o governo poderá negociar o fim das restrições impostas por países importadores, como a China e a Coreia do Sul.
Novo caso sendo investigado
O Ministério da Agricultura e Pecuária revelou a existência de um novo caso suspeito de H5N1 (vírus causador da gripe aviária) em uma granja comercial no município de Teutônia, a 50 km de Montenegro.
"Foram identificados alguns animais que chegaram no abatedouro com alguns sintomas. A amostra foi colhida, encaminhada ao laboratório e vamos aguardar o resultado. É uma investigação em andamento", afirmou o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal, Bruno Cotta.