Guerra comercial entre EUA e China gera efeitos na economia brasileira

Mesmo com pressão por embargos, país asiático investe na Região Nordeste

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Guerra comercial entre EUA e China gera efeitos na economia brasileira

Foto: Tecnologia de reconhecimento facial usada na Bahia é da China / SSP-BA

As tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, os EUA e a China, geram efeitos sobre todos os países, inclusive o Brasil. A cada ameaça ou tarifa imposta há impactos no mercado de ações, no comércio e consequentemente no consumo. 

Especialistas temem que o prolongamento desse embate promova uma desaceleração da economia global, no entanto, a curto prazo o Brasil pode ser beneficiado, sobretudo, o setor do agronegócio, o que é comprovado por uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

As tarifas impostas pela China aos produtos agrícolas americanos, principalmente, soja, amêndoas, maçãs, laranja e carnes fazem com que o país asiático se volte para outros fornecedores e um substituto natural é o Brasil, terceiro maior exportador agrícola- atrás apenas dos EUA e da União Europeia. 

Outro setor que pode se beneficiar é o de manufaturados, principalmente o comércio de máquinas e autopeças para os EUA, já que os fabricados na China ficaram mais caros. No entanto, a China pode tentar empurrar para o Brasil os manufaturados não comercializados pelo país americano, o que terá impactos na economia brasileira devido à competição interna com os produtos chineses mais baratos.

China e o Nordeste

Mesmo com a pressão dos EUA sob o Brasil para barrar investimentos chineses, o país asiático tem estreitado laços com a região Nordeste. Empresas chineses de tecnologia como a Huawei, ZTE, Dahua e Hikvision, que possuem algum embargo americano sob acusação de ameaça à segurança nacional, negociam produtos e serviços com nove estados nordestinos.

Na Bahia, um exemplo é o sistema de reconhecimento facial chinês da Huawei, que permite que a polícia baiana identifique o rosto de criminosos em locais de grande circulação como estações do Metrô, Aeroporto e Rodoviária ao cruzar dados com o banco de dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). O investimento na tecnologia é de R$ 18 milhões.

Além disso, os chineses tem uma participação no projeto da ponte Salvador-Itaparica com a CCCC, CR20 (Railway 20 Bureau Group) e China Tiesiju Civil Engineering Group, investimento em energia renovável da CGN Energy e o projeto do veículo leve de transporte (VLT) do consórcio Skyrail Bahia é composto pela chinesa BYD e Metrogreen.


 

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