Indicado ao Nobel da Paz acusa diretor-geral da OMS de causar torturas e mortes na Etiópia
Segundo David Steinman, Tedros Adhanom mantinha envolvimento com repressão política

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O economista norte-americano David Steinman, indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2019, acusou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, de ter envolvimento em atividades de repressão política na Etiópia entre 2013 e 2015. Segundo ele, as ações resultaram em torturas e mortes da população do país africano.
Tedros foi ministro da Saúde na Etiópia de 2005 a 2012 e, em seguida, assumiu o cargo de ministro das Relações Exteriores até 2016. Nesse período, seu partido era o Tigray People Liberation Front (TPLF) e no ano seguinte, em 2017, foi eleito o diretor-geral da OMS com apoio do Partido Comunista da China.
Em 2018, o partido em que Tedros fazia parte, o TPLF, foi incluído no Banco de Dados Global de Terrorismo por funcionários e analistas do governo dos Estados Unidos por ações criminosas conta civis inocentes.
Steinman acusa o chefe da OMS de genocídio e afirma que ele era um dos responsáveis por tomar as decisões em relação ao serviço que incluíam matar e torturar civis da Etiópia, de acordo com a reportagem da revista The Times.
O site Daily Mail também informou que o economista alega que Tedros supervisionava as mortes e os danos físicos e mentais aos membros das tribos Amhara, Konso, Oromo e Somali com a intenção de destrui-los completamente ou em parte. Entre as acusações, também está o suposto envolvimento do chefe da OMS na intimidação de candidatos e apoiadores da oposição política etíope.
As denúncias de Steinman, que foi conselheiro estrangeiro do Movimento Democrático da Etiópia por 27 anos, veio a público após o chefe do Estado Maior do Exército da Etiópia, general Berhanu Jula, ter solicitado a renúncia do diretor-geral da OMS.