Infecção urinária pode aumentar durante a estação do inverno
O especialista explica que os sintomas variam por idade

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O período do inverno, presente até 22 de setembro, pode favorecer o aparecimento de alguns desconfortos, entre eles, a infecção urinária, que afeta os órgãos do trato urinário. Isso acontece pelo fato de nessa estação mais frio do ano os adultos e crianças costumam a beber menos água e fazer menos xixi.
Essa postura pode facilitar infecções, já que o ato de urinar é responsável pela limpeza do canal da uretra, evitando a proliferação de micro-organismos no local. Além disso, há também um alerta para o aumento de infecções do trato respiratório, como gripes e resfriados, e o uso de antibióticos para tratar outras doenças como sinusite e amigdalite podem contribuir para a queda da imunidade, o que também favorece o aparecimento da infecção urinária.
O urologista geral e pediátrico Leonardo Calazans, explica que os sintomas variam por idade. “Em recém-nascidos podem ficar muito doentes se uma infecção do trato urinário se disseminar através do sangue para o resto do corpo. Quando isso ocorre, temos um quadro clínico conhecido como sepse”
Em bebês e crianças de até dois anos, os mais comuns são febre, vômitos, diarreia e urina com odor fétido. Se o local da infecção for a bexiga, podem surgir dor ou sensação de ardência ao urinar, vontade frequente e súbita de fazer xixi, dor na bexiga (região inferior do abdômen) e dificuldade para urinar ou prender a urina (incontinência urinária).
Já no caso da infecção for renal, os sintomas mais comuns são: dor em um ou em ambos os rins (na lateral do corpo ou nas costas, logo acima da cintura), febre alta, calafrios e mal-estar grave.
Para a prevenção, o especialista conta que a higiene adequada dos órgãos genitais pode ajudar. “A micção e evacuações regulares, o consumo abundante de água e a não utilização de roupas íntimas úmidas ou molhadas por muito tempo ajudam a evitar o aparecimento das infecções urinárias nas crianças”, destacou.
No caso das crianças do sexo masculino, a circuncisão ajuda a reduzir o risco da doença na etapa inicial da infância.