Investigados por incitação ao crime pedem para participar de movimento de 7 de setembro
Alvos da operação da PF sugeriram fechar Brasília em ato para exigir exoneração de ministros do STF

Foto: Toninho Tavares/Agência Brasilia
Três homens investigados, por incitação ao crime, apresentaram, nesta sexta-feira (27), um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para participar das manifestações de 7 de setembro, que serão realizadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Eles viraram alvos de operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) após sugerirem que manifestantes "fechassem" Brasília durante o ato, a fim de promover a exoneração dos 11 ministros do Supremo.
Os empresários Juliano Martins, Turibio Torres e Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, que é caminhoneiro, afirmaram em hábeas corpus que "por ocasião de seus interrogatórios, os investigados expuseram narrativas harmônicas e enfáticas no sentido de que jamais pretenderam incitar a população a cometer atos criminosos e de violência, conforme sugerido tanto pela Procuradoria Geral da República, quanto pela ora Autoridade Coatora, mas, que tão somente, fazem menção à seus sentimentos particulares enquanto patriotas, no pleno exercício de liberdade de expressão, tal qual preconizado pela Constituição Federal, traduzindo-se em reivindicações legítimas”.
No recurso, a defesa cita a Constituição e afirma se basear nos direitos de "livre a manifestação do pensamento, a locomoção no território nacional e o direito de reunir-se”.
Os três viraram alvos da PF após transmitirem mensagens sugerindo que os manifestantes fechassem Brasília para pedir “a exoneração dos 11 ministros do STF” e o "julgamento pelo Superior Tribunal Militar, por conta dos crimes que eles cometeram”. No pedido, eles afirmam não haver “qualquer intenção, por parte dos pacientes, de incitar a população a cometer crimes, atentados, depredação de prédios públicos ou privados”.