IPCA-15: prévia da inflação fica em 1,73% em abril, diz IBGE
Principal razão da alta foi a gasolina, que registrou aumento de 7,51%

Foto: Reprodução/Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,73% em abril, depois de ter registrado taxa de 0,95% em março, conforme os dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No período de 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses anteriores. Os preços subiram em média 4,31%.
A gasolina foi a principal responsável pela alta da inflação no mês, com alta de 7,51%, o que corresponde por 0,48 ponto percentual. Além da gasolina, também teve alta no diesel (13,11%), do etanol (6,6%) e do gás veicular (2,28%), levando a alta dos transportes a 3,43% na prévia do mês.
Também entre os transportes, estão as passagens aéreas que subiram 9,43% em abril. Os preços do seguro voluntário de veículo também aceleraram (3,03%), bem como os preços dos táxis (4,36%), das passagens de metrô (1,66%) e dos ônibus urbanos (0,75%).
Grupo de alimentos e bebidas continuam mais caros
Encher o carrinho de compras nos mercados segue sendo uma missão difícil porque os preços dos alimentos e bebidas avançaram 2,25% na prévia do mês. Entre os itens mais caros estão: tomate (26,17%), leite (12,21%), cenoura (15,02%), óleo de soja (11,47%), batata-inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%).
Gás de cozinha e conta de luz
Cozinhar também segue pesando no bolso dos brasileiros porque o botijão de gás ficou em média 8,09% mais caro. Já o encanado, subiu 3,31%. No caso da energia elétrica, houve uma alta de 1,92%, influenciada pelos reajustes de mais de 15%, conforme as duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (11,25%).
Projeções para 2022
Para este ano, a média das expectativas para inflação está atualmente em 7,65%, número que ainda está abaixo dos 10,06 registrados no ano anterior. No entanto, já é mais que o dobro do centro da meta para o ano.
Para 2023, os economistas estimam em 4% a taxa de inflação e Selic a 9%. Para o próximo ano, a meta foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.