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Itália registrou em 2024 mínima histórica de fecundidade, diz governo

Ao todo, foram registrados 369.944 nascimentos no país no ano passado, uma diminuição de 2,6% em relação a 2023, quando houve 379.890 nascimentos

Por FolhaPress
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Itália registrou em 2024 mínima histórica de fecundidade, diz governo

Foto: Agência Brasil

A Itália registrou em 2024 uma nova queda no número de nascimentos, consolidando uma tendência de declínio demográfico que já dura mais de uma década. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (21) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), a taxa de fecundidade, o número médio de filhos por mulher, atingiu o nível mais baixo na história do país europeu: 1,18.

Ao todo, foram registrados 369.944 nascimentos no país no ano passado, uma diminuição de 2,6% em relação a 2023, quando houve 379.890 nascimentos.

O Istat destaca que o número de crianças nascidas vem diminuindo de forma contínua há anos: em 2008, o país contabilizava mais de 576 mil nascimentos; cinco anos depois, o número caiu para menos de 515 mil; e, em 2018, estava abaixo de 440 mil. Desde então, o declínio tem se mantido ano após ano.

Os dados preliminares de 2025 indicam que a tendência deve continuar. De janeiro a julho deste ano, foram registrados 197.956 nascimentos, uma queda de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve mais de 211 mil registros.

O envelhecimento populacional também avança. Em 1º de janeiro de 2025, a idade média dos italianos era de 46,8 anos, e as pessoas com mais de 65 anos representavam 24,7% da população. O fenômeno preocupa as autoridades italianas, que veem na crise demográfica uma ameaça ao sistema previdenciário, ao mercado de trabalho e ao crescimento econômico do país.

O desafio populacional tornou-se uma das principais prioridades do governo da primeira-ministra Giorgia Meloni. A líder italiana prometeu a criação de políticas para estimular a natalidade, incluindo benefícios fiscais e apoio financeiro às famílias com filhos, mas especialistas afirmam que medidas mais amplas, como o incentivo à imigração e maior apoio às mulheres no mercado de trabalho, serão necessárias para reverter a tendência.

Em julho, o Conselho de Ministros da Itália, liderado pela primeira-ministra, aprovou texto que prevê a concessão de quase 500 mil entradas legais a imigrantes com contratos de trabalho permanentes ou sazonais no próximo ciclo, um aumento de quase 50 mil vistos em relação ao período anterior.

Os vistos são concedidos a partir da divisão estabelecida no decreto, que considera tanto os Estados de origem e suas relações com a Itália quanto os setores mais necessitados: serviços (call centers, atendimento ao cliente, limpeza e manutenção), indústria (moda, logística, alimentação, madeira e móveis) e agricultura. Em todos os casos, para que o imigrante obtenha, ao fim do processo, a autorização de residência, é necessário que haja um contrato formal com o empregador italiano.

Ao mesmo tempo, Meloni tem como uma de suas principais bandeiras o discurso contra migrantes em situação irregular.

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