O Itamaraty colocou em sigilo 68 telegramas da Igreja Universal do Reino de Deus,  trocados entre a embaixada do Brasil em Luanda, capital de Angola e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) no período entre janeiro de 2018.  O templo é acusado de submeter pastores a vasectomias, discriminação racial, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. 

Em 2020, a Procuradoria-Geral da República de Angola mandou fechar templos da igreja no país. Além disso, uma disputa interna teria levado à invasão de igrejas por supostos ex-integrantes da Universal. A direção da IURD vem negando as irregularidades.

“Segundo o brasileiro, sua congregação teria sido invadida por nacionais angolanos contrários à atuação da IURD em Angola e sua família vem sendo vítima de ataques de racismo e xenofobia. Afirmou que, nessa ocasião, ele teria sofrido agressões físicas e teria tido seu passaporte confiscado”, diz um trecho do telegrama.