JBS é acusada pela Anistia Internacional de comprar gado ilegal

A empresa nega as imputações

Por Da Redação
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JBS é acusada pela Anistia Internacional de comprar gado ilegal

Foto: Reprodução/ Shutterstock

Um relatório feito pela Anistia Internacional divulgado nesta quinta-feira (16) atesta que gado bovino criado de maneira ilegal em áreas protegidas da floresta amazônica brasileira entrou na cadeia de fornecimento da JBS. A empresa nega as imputações. As informações são do portal UOL.

De acordo com a publicação, a JBS falhou na adoção de um processo de monitoramento efetivo da entrada de gado na cadeia de fornecimento.

"Desde pelo menos 2009 a JBS tem conhecimento dos riscos de gado bovino criado ilegalmente em áreas protegidas entrar em sua cadeia de fornecimento. A JBS deixou de implementar um sistema de monitoramento efetivo em sua cadeia de fornecimento, inclusive de seus fornecedores indiretos. Ela precisa reparar os danos causados e imediatamente implementar sistemas para evitar que isso volte a ocorrer", pontuou Richard Pearshouse, diretor de Crises e Meio Ambiente da Anistia Internacional.

Ainda segundo o órgão, não foram encontradas evidências de envolvimento direto da empresa em abusos de direitos humanos nos locais investigados;

Em comunicado, a JBS nega a compra de gado de qualquer fazenda envolvida com irregularidades em áreas protegidas. A empresa enviou uma carta à Anistia Internacional afirmando que "auditorias independentes realizadas nos últimos seis anos revelam 99,9% de conformidade com esses padrões".

"Qualquer fazenda não compatível com as nossas políticas de fornecimento sustentável é bloqueada em nossa cadeia de suprimentos. Isso inclui a exclusão automática de qualquer propriedade envolvida no desmatamento de florestas nativas, invasão de áreas protegidas, como terras indígenas ou áreas de preservação ambiental, ou fazendas com áreas embargadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)", disse a empresa na nota.

Confira a nota na íntegra:

A JBS não compra gado de nenhuma fazenda envolvida com irregularidades em áreas protegidas.

Como descrito na carta à Anistia Internacional, em anexo, nosso sistema de geomonitoramento é um dos mais sofisticados do mundo, usando os melhores e mais recentes dados para reforçar nossa abordagem inequívoca de desmatamento zero.

Qualquer fazenda não compatível com as nossas políticas de fornecimento sustentável é bloqueada em nossa cadeia de suprimentos. Isso inclui a exclusão automática de qualquer propriedade envolvida no desmatamento de florestas nativas, invasão de áreas protegidas, como terras indígenas ou áreas de preservação ambiental, ou fazendas com áreas embargadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Auditorias independentes realizadas nos últimos seis anos revelam 99,9% de conformidade com esses padrões. Em 2019, 100% das compras diretas atenderam aos nossos critérios socioambientais. Os resultados dessas auditorias estão disponíveis no site da JBS.

Além disso, sempre estivemos na vanguarda das iniciativas da indústria para combater a lavagem de gado (uso ilegal de terceiros para fornecer gado a unidades de processamento) e aumentar a rastreabilidade direta do fornecedor para continuar a impulsionar positivamente mudanças estruturais na indústria de carne bovina da Amazônia.

Nós exortamos qualquer pessoa com informações a respeito de práticas no campo que não respeitem os princípios de sustentabilidade a relatar essa conduta às autoridades, para que as medidas cabíveis sejam tomadas.

 

 

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