João Roma diz que Lula tenta ser "pai dos pobres" e critica Bolsa Família: "ganhavam menos de R$ 100"
O ex-candidato a governador elogiou o Auxílio Brasil e atribuiu o crescimento de Bolsonaro no Nordeste ao benefício

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-ministro da Cidadania e ex-candidato ao Governo da Bahia, João Roma (PL), em entrevista à Folha de S. Paulo, criticou o programa Bolsa Família e acusou Lula (PT) de tentar criar imagem de "pai dos pobres". Roma atribuiu encurtamento da distância entre o petista e Bolsonaro no Nordeste ao Auxílio Brasil que, segundo ele, promoveu "uma melhora no bolso" da população.
"Acho que o presidente Bolsonaro vai tomando uma certa vantagem perante o Lula, que tem meramente uma narrativa dizendo que é o pai dos pobres e tudo, mas as pessoas ganhavam menos de R$ 100 no Bolsa Família, uma grande parcela aqui no Nordeste, e hoje estão recebendo no mínimo R$ 600. Então isso começa chegando para as pessoas", disse.
Questionado a respeito da declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre não existir fome no Brasil, João Roma afirmou que fome "existe em todo lugar" e negou que o Brasil tenha retornado ao Mapa da Fome, apesar de organizações das Nações Unidas afirmarem o contrário. De acordo com Roma, associar o governo Bolsonaro ao aumento da fome é uma "narrativa do PT" para tentar desgastar o atual governo.
O ex-ministro da Cidadania também falou sobre os R$ 600 do Auxílio Brasil, que não consta no Orçamento de 2023. Segundo ele, o Congresso Nacional pode aprovar a permanência do valor atual do benefício através de Medida Provisória, coisa que o próprio Arthur Lira, presidente da Câmara, já disse que avançaria. Em relação ao acréscimo de R$ 200 reais durante a campanha, o que foi apontado pela oposição como estratégia eleitoral de Bolsonaro, Roma alegou que "desde o ano passado já se advogava por um valor maior".
João Roma foi candidato ao governo da Bahia apoiado por Jair Bolsonaro. O finalizou a corrida ao Palácio de Ondina em terceiro lugar, com 9,08% dos votos, atrás do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), com 40,8%, e de Jerônimo Rodrigues (49,45%).


