O Governo do Brasil vai chamar os médicos para os lugares carentes e isolados do país. Isso será possível com o Programa Médicos pelo Brasil, que ofertará 18 mil postos de trabalho aos profissionais com diploma brasileiro ou que tenham conseguido revalidar o documento no Brasil.
A medida provisória que cria o programa, em substituição ao Mais Médicos, é uma importante pauta prevista para ser votada hoje no Plenário da Câmara dos Deputados e, quando o assunto é saúde pública, nenhuma urgência será em vão. No entanto, a análise do texto ainda depende de leitura do ofício da comissão mista que encaminha a matéria, um trâmite teoricamente simples, mas cuja faísca às vezes custa a sair.
O objetivo é ampliar o atendimento em locais afastados ou com população de alta vulnerabilidade. E mudanças em relação ao Mais Médicos são necessárias. Após seis anos de execução do programa, foram identificados diversos problemas, como: processo seletivo frágil, sem possibilidade de verificar e classificar a qualidade dos ingressantes; vínculo precário; definição controversa de município prioritário, já que mais de 1,8 mil médicos estavam capitais, muitos médicos sem supervisão, lentidão na reposição de médicos.
Além disso, o Programa Médicos pelo Brasil vai tentar corrigir os cadastros profissionais com inconsistências, pontualidade verificada só pelo município e ausência de indicadores de desempenho. Quando uma boa ideia é mal executada e escancara fissuras ao longo dos anos, não existe alternativa se não a reestruturação.
