Marketing em redes sociais prejudica consumo do leite materno

Estudo aponta que determinadas ações prejudicam os esforços para aumentar as taxas de amamentação

Por Da Redação
Ás

Marketing em redes sociais prejudica consumo do leite materno

Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

De acordo com um novo estudo, fabricantes de leite artificial usam redes sociais e influenciadores para ter acesso direto a mulheres e aumentar as vendas. Esta indústria global é avaliada em cerca de US$ 55 bilhões.

No relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, Escopo e impacto das estratégias de marketing digital para promover substitutos do leite materno, pela primeira vez foi usada uma ferramenta de inteligência artificial para recolher os dados na mídia social.

APLICATIVOS

Muitas vezes esses anúncios promocionais não são percebidos como publicidade, ressalta o estudo. De acordo com a publicação, tais ações de marketing prejudicam os esforços para aumentar as taxas de amamentação.

A agência da ONU alerta que usar substitutos de leite materno pode prejudicar a saúde do bebê.

As empresas envolvidas usam conteúdo personalizado por meio de aplicativos, influenciadores pagos e fóruns de aconselhamento para chegar aos consumidores.

O relatório analisou 4 milhões de postagens na mídia social sobre alimentação infantil, que foram publicadas entre janeiro e junho do ano passado. O tipo de conteúdo atingiu 2,5 bilhões de pessoas.

CONTAS 

Uma das principais constatações é que as empresas que vendem fórmulas infantis fazem cerca de 90 postagens por dia, atingindo 229 milhões de usuários. O total é três vezes maior que as pessoas alcançadas por posts informativos sobre amamentação de contas não-comerciais.

A publicação destaca ainda que este tipo de marketing generalizado “está aumentando as compras de substitutos do leite materno e, portanto, dissuadindo as mães de amamentar de forma exclusiva”.

A OMS incentiva a redução do marketing de fórmulas de leite por considerar uma prática que trava os esforços para aumentar a taxa de amamentação em todo o mundo. A agência da ONU considera o aleitamento materno mais nutritivo e saudável do que o consumo de produtos substitutos. 

Em fevereiro, uma pesquisa que envolveu a OMS e o Fundo da ONU para a Infância revelou táticas de exploração usadas pela indústria de leite para bebês.
 

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