Mobilidade humana reduzida

Confira o nosso editorial deste sábado (10)

[Mobilidade humana reduzida]

FOTO: Reprodução

As medidas impostas por alguns governantes ao longo da pandemia da covid-19 impactaram na mobilidade urbana e também humana. Todos os necessários e vitais movimentos do indivíduo, seja em busca da própria sobrevivência ou por força de algum tipo de ofício que executa, foram engessados. Os efeitos já são sentidos e, infelizmente, vão reverberar ainda mais.

A mobilidade humana atingiu também – e drasticamente – os refugiados e migrantes, isto é, milhares de famílias de diversos pontos da América Latina, Oriente Médio e África, que se lançavam no processo imigratório como a última esperança para sentir novamente o gosto da felicidade e dignidade.

É o que aponta relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Instituto de Política de Migração (IPM). O documento mostra que em meados de dezembro de 2020, no pico das restrições, foram mais de 111 mil medidas de viagem e fechamento de fronteiras ao mesmo tempo.

O relatório, chamado ‘Covid-19 e o Estado da Mobilidade Global em 2020’, escancara o impacto negativo de ações tomadas por países e autoridades para fechar fronteiras internacionais, restringir viagens entre locais específicos, impor quarentenas e requisitos de saúde para os viajantes etc.

Uma mudança nesta redução da mobilidade humana é, por certo, o abismo ainda maior entre os que podem se mover. A pandemia reduziu profundamente as perspectivas de mobilidade de alguns grupos que se mudam por necessidade, embora tenha pouco efeito sobre os viajantes de negócios e outros com recursos e oportunidade de cruzar as fronteiras para trabalho, família ou turismo.

Não há dúvidas, a pandemia ampliou a vulnerabilidade socioeconômica daqueles que dependem da mobilidade para sobreviver.


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