"Nada foi provado", diz Cristina Kirchner sobre acusações de corrupção
Vice-presidente argentina denuncia o pedido de prisão como perseguição política

Foto: Reprodução/Instagram
Em um discurso de mais de duas horas transmitido pelas redes sociais, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, reiterou que nada do que os promotores que a acusam de corrupção disseram foi provado. Segundo Kirchner, o pedido de 12 anos de prisão feito contra ela é uma "perseguição policial" para afasta-la da política.
"São 12 anos (de pedido de prisão), os 12 anos do melhor governo que a Argentina teve nas últimas décadas, por isso pedem 12 anos. Por isso, vão me estigmatizar e condenar. Se eu nascesse 20 vezes, faria o mesmo 20 vezes", afirmou.
A ex-presidente argentina é acusada de associação criminosa, com a qual supostamente orientou a atribuição de licitações de obras públicas na província de Santa Cruz (sul), seu reduto político, para favorecer o empresário Lázaro Báez. O Ministério Público estimou em um bilhão de dólares a quantia que teria sido desviada pelo Estado. Os supostos atos de corrupção teriam acontecido durante seus dois mandatos e um anterior, entre 2003 e 2007, quando seu marido, Néstor Kirchner, foi presidente.
O processo judicial movido contra ela teve início em 2019 e, ao que tudo indica, terá uma decisão dos juízes até o final deste ano. Enquanto vice-presidente e presidente do Senado, Kirchner tem imunidade política e não pode ser presa e nem ficará inabilitada até uma decisão da Suprema Corte.