'Não pretendemos proteger ninguém que está à margem da lei', diz comandante da Aeronáutica
Carlos Almeida Baptista negou que o atual governo seja um "governo de militares"

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Em entrevista ao GLOBO, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior declarou que os militares estão incomodados com o que eleger como uma tentativa de associação, por parte da CPI da Covid, entre a corporação e como suspeitas de corrupção apuradas pelos senadores.
Segundo ele, as Forças não vão tolerar casos comprovados em seus quadros. “Não somos lenientes com desvios e não pretendemos proteger ninguém que está à margem da lei.”.
O comandante disse ainda que caso sejam atacados novamente pela Comissão de Inquérito no Senado não enviarão outra nota e que usarão outros caminhos ‘legais’ contra os senadores. “Nós temos mecanismos dentro da base legal para evitar isso”, disse o tenente-brigadeiro do ar.
O comandante da Aeronáutica disse também que os militares se mantêm “dentro das linhas da Constituição”. E trata como um “alerta às instituições” a nota divulgada anteontem, na qual ele e os demais comandantes militares dizem que as “Forças Armadas não aceitarão levianos”.
Na entrevista, ele negou que o atual governo seja um 'governo de militares' e destacou que a grande participação das Forças Armadas se deve ao fato do presidente Jair Bolsonaro ter mais "confiança".
“Fernando Henrique trouxe quem ele conhecia, em quem ele confiava. Trouxe acadêmicos, professores, políticos, profissionais do meio dele. O presidente Lula trouxe, da mesma forma, sindicalistas”, justifica sua posição
"Penso que nossa participação tem sido ponderada e responsável, evitando levar o procedimento político-partidárias para dentro das associações militares. Essa discussão toda na sociedade está muito esgarçada. O momento é de união. Já temos dificuldades demais. A polarização e o radicalismo têm prejudicado atingirmos o bem-estar social. Para isso, cada cumprir cumprir sua missão dentro dos limites de autoridade que tem. Precisamos de maturidade e reflexão de todos", pontua.


