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Neandertais praticavam sepultamento entre seus mortos, aponta pesquisa

Equipe estudou os restos ósseos de uma criança morta há 41 mil anos

Por Da Redação
Ás

Neandertais praticavam sepultamento entre seus mortos, aponta pesquisa

Foto: Reprodução

Uma pesquisa publicada na revista especializada Scientific Reports, no qual uma equipe internacional multidisciplinar estudou os restos de uma criança morta há 41 mil anos, enterrados em um sítio pré-histórico de La Ferrassie, no sudoeste da França, reforçou a tese da prática de sepultamento entre os neandertais.  

Recentemente, o paleontólogo Antoine Balzeau, do Centro Nacional para a Pesquisa Científica Francês (CNRS), ao vasculhar as coleções do Museu do Homem de Paris, onde trabalha, encontrou uma caixa com restos ósseos da criança neandertal (de 2 anos de idade), escavados em 1973. Na época em que foi localizado, o esqueleto não teve o contexto geológico estudado. Nesta mesma caixa, foi encontrado ainda um misterioso dente de um adulto, sem descrição, mas com um número.  

A partir disso, Balzeau foi o Museu Nacional de Arqueologia de Saint-Germain, em Laye (oeste de Paris), onde os restos das antigas escavações ficam armazenados. “Havia dezenas de cadernos, caixas, relatórios... Abri o primeiro e em um minuto encontrei a descrição do dente”, contou o paleontólogo à AFP (Agence France Presse).

Com os materiais em mãos, o grupo de cientistas retornou a La Ferrassie. A camada de sedimentos onde o esqueleto do bebê foi encontrado tinha 41 mil anos.  “O que demonstra que cavaram para colocá-lo ali e cobriram-no depois”, observou Antoine Balzeau. 

Com sete corpos diferentes encontrados, as hipóteses de um enterro em La Ferrassie eram plausíveis, “Mas, não passavam de meras especulações, na ausência de uma análise geológica que comprovasse que o que havia ali era uma sepultura”, explicou o especialista.

“Pela primeira vez, de forma clara, estamos diante de um enterro”, atestou Balzeau, acrescentando: “Muitos arqueólogos se opõem, ainda hoje, à ideia de que os neandertais enterravam seus mortos porque não tínhamos a capacidade de comprovar isso. Mas, também, porque existe um julgamento de valor com o Homo sapiens.”

“Pensamos que o Homo sapiens era superior ao Neandertal e, a partir desse preconceito, estudamos a história, quando o que tem que ser feito é começar pelos dados arqueológicos”, finalizou.

 

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