No governo Lula, estatais devem fechar 2023 com rombo de quase R$ 6 bilhões
Se isso acontecer, déficit terá que ser compensado pelo Tesouro Nacional

Foto: Agência Brasil/José Cruz
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reverteu uma tendência dos últimos anos. As empresas estatais brasileiras devem fechar 2023 com um rombo de quase R$ 6 bilhões e, pela primeira vez em oito anos, o Tesouro Nacional pode ter que cobrir esse déficit. Nos últimos cinco anos, as estatais federais tiveram superávits.
A única exceção foi em 2020, quando, por causa da pandemia, fecharam com déficit de R$ 600 milhões. Em 2021, as estatais registraram um resultado positivo de R$ 3 bilhões. No ano passado, também, quase R$ 5 bilhões. Segundo informações do Banco Central (BC), de 2012 a 2017, elas fecharam no vermelho.
Nos anos seguintes, o superávit foi garantido com aportes do governo. De acordo com o Tesouro Nacional, em 2018, a gestão do então presidente Michel Temer (MDB) injetou R$ 5 bilhões no caixa das estatais, e no governo Jair Bolsonaro (PL), foram R$ 10 bilhões.
Para este ano, a última projeção dos ministérios da Fazenda e do Planejamento aponta para um rombo que deve ser maior do que o previsto no orçamento aprovado no ano passado, ainda na gestão Bolsonaro. Hoje, a meta de resultado das estatais federais é que as despesas ultrapassem as receitas em R$ 3 bilhões, mas a equipe econômica já trabalha com uma projeção de um déficit ainda maior, de quase R$ 6 bilhões. Se isso acontecer, terá que ser compensado pelo Tesouro Nacional.


