Ômicron tem atingido jovens nos países em que se instala, afirma diretora da OMS
OMS aguarda mais dados sobre a Ômicron para divulgar sobre prioridade global

Foto: Reprodução/G1
A diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, disse durante entrevista à CNN nesta quarta-feira (15), que a variante Ômicron do novo coronavírus tem atingido mais jovens nos locais em que se instala.
De acordo com a médica, apesar da “percepção pública de que ela [Ômicron] seja menos severa com casos mais leves, não se pode dizer isso com certeza” mesmo com os resultados dos primeiros estudos da cepa, já que eles possuem análises ainda preliminares de como a mutação deve se comportar.
Segundo Mariângela, houve prevalência de infecções em jovens na África do Sul, onde a variante Delta não dominou como ocorrido em outros países, e avanço da cepa no Reino Unido, onde a Ômicron pode se tornar a variante dominante até o fim de 2021.
“As vacinas não previnem a transmissão, previnem o desenvolvimento para doença grave e morte. Pode ser que [a infecção pela Ômicron] seja mais leve, mas pode ser que não seja. A principal questão é que a nova variante vem para dizer que não acabou nada ainda”, relata Simão.
Como explica a diretora, a OMS aguarda mais dados sobre a Ômicron em janeiro para realizar a prioridade global “vacinar quem não foi vacinado ainda”. Segundo ela, ainda não há dados suficientes para determinar que a dose de reforço seja prioritária naqueles que já completaram o esquema vacinal, com exceção dos grupos de risco.
“Nesse conjunto de pessoas que não estão vacinadas, você cria situações que podem gerar novas variantes”, afirma. Caso não se priorize a imunização de quem ainda não tomou nenhuma dose, existem grandes chances de “conviver com esse vírus nessa forma mútua por muito tempo”, alertou.