ONS: projeção para 2022 aponta conta de luz cara e risco de racionamento
No próximo ano, índices pluviométricos podem ser similares aos de 2021

Foto: Agência Brasil
Dados de um levantamento realizado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram que no próximo ano a conta de luz deve continuar cara e não descartam o risco de racionamento. Isso porque se as chuvas continuarem em nível similar ao de 2021, o Brasil precisará comprar energia de países vizinhos e abusar das usinas térmicas, mais caras, para garantir o abastecimento e evitar um apagão.
Para projetar o que pode ocorrer no país em 2022, o ONS usou os índices pluviométricos verificados em dois períodos recentes: o de 2020/2021, escasso em águas, e o de 2017/2018, com mais chuvas. Considerando a repetição dos dados de 2020/2021 nos próximos meses, o órgão afirmou que, partindo de 15% de armazenamento inicial no Sudeste e Centro-Oeste ao fim de outubro de 2021, o subsistema chega ao término do período úmido (março) com 30,7%. E com 43,8% no cenário baseado nas chuvas do biênio 2017/2018.
Pouca umidade
A análise probabilística para o período seco de 2022, levando em conta chuvas similares às de 2020/2021, indica 29% dos cenários com menos de 20% da energia armazenada máxima (quantidade que liga o alerta amarelo no setor) em novembro, no subsistema Sudeste/Centro-Oeste.
Considerando que a água venha mais abundante, no nível verificado em 2017/2018, apenas 1% dos principais reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste ficarão com capacidade abaixo de 20%.