ONU alerta para maior buraco de financiamento da sua história
Este ano, os projetos de assistência devem chegar a US$ 50 bilhões, mas apenas US$ 15 bilhões foram entregues pelos financiadores
Foto: Ivane Bochorishvili/UNOCHA
O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, alertou, na última sexta-feira (12), que a agência vive maior buraco de financiamento de sua história. Para este ano, o custo dos projetos de assistência devem chegar a US$ 50 bilhões, mas apenas US$ 15 bilhões foram entregues pelos países.
Segundo o porta-voz da Ocha, Jens Larke, as demandas do mundo estão subindo mais rápidos que os financiamentos obtidos e, com isso, os humanitários estão sendo solicitados a fazer mais em ambientes perigosos. No momento, cerca de 303 milhões de pessoas estão vivendo em área de risco em todo o globo.
Violência contra trabalhadores humanitários
Ainda de acordo com Larke, Sudão do Sul, Afeganistão e Síria continuam sendo os países mais violentos. Somente neste ano, 168 trabalhadores humanitários foram atacados e 44 morreram. Em 2021, 203 humanitários ficaram feridos e 117 foram sequestrados enquanto trabalhavam.
O chefe do Ocha, Martin Griffiths, disse que, este ano, o público está convidado a participar do Dia Humanitário, através das redes sociais, no dia 19 de agosto. A data foi criada para marcar o aniversário do atentado terrorista à sede da ONU em Bagdá, no Iraque, em 2003. No ataque, morreram 22 funcionários da organização incluindo o chefe da Missão da ONU no país, o brasileiro Sergio Vieira de Mello.
