ONU pede solidariedade e mais apoio ao povo da Venezuela
Evento debateu maneiras de fortalecer ações para garantir que as pessoas mais vulneráveis sejam atendidas

Foto: OIM/Diana Diaz
Martin Griffiths, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, encerrou sua visita à Venezuela esta semana, a primeira à América Latina desde sua nomeação no ano passado. Griffiths se reuniu com o presidente da República, o presidente da Assembleia Nacional, outros integrantes do governo e a delegação da oposição para o Diálogo do México, agências da ONU e ONGs nacionais e internacionais.
Na ocasião, foram debatidas maneiras de fortalecer ações para garantir que as pessoas mais vulneráveis sejam atendidas. O subsecretário-geral também defendeu oportunidades para que os venezuelanos reconstruam suas vidas. Griffiths disse estar animado com os sinais de recuperação da economia.
De acordo com Griffiths, há ainda demandas humanitárias relevantes e é “mais importante do que nunca que a comunidade internacional continue a demonstrar solidariedade com os venezuelanos, garantindo que os mais vulneráveis, incluindo mulheres, meninas, meninos e idosos, não fiquem para trás”.
Plano de Resposta Humanitária
O subsecretário-geral da ONU declarou que, em suas reuniões com as autoridades, foi decidido publicar o Plano de Resposta Humanitária 2022-2023. Ele informou também que foi feito um acordo para que ONU e governo possam cooperar com “as condições de acesso para parceiros humanitários.”
O Plano exige US$ 795 milhões para este ano. O objetivo é apoiar 5,2 milhões de pessoas com assistência, com foco no apoio aos serviços de saúde, melhoria da segurança alimentar e nutrição, fortalecimento da prestação de serviços básicos e educação, promoção da proteção e abordagem da mobilidade humana.
Doações
Griffiths agradeceu aos doadores internacionais por seus esforços na mobilização de US$ 170 milhões até agora, enquanto pediu maior solidariedade e maior financiamento humanitário da comunidade internacional.
Ele acrescentou que “a ONU está pronta para o apoio, com a Venezuela não apenas tendo uma oportunidade única de encontrar soluções para enfrentar seus próprios desafios, mas em um contexto de crise global de energia e preços de alimentos, tendo o potencial de contribuir para soluções globais que podem impactar o bem-estar dos mais vulneráveis.”