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Vídeo: OSBA une sinfonia e ancestralidade em concerto para celebrar centenário de Mãe Stella de Oxóssi

Apresentação contou com a presença de instrumentos do candomblé e musicalidade de terreiros

Por Inara Almeida
Ás

Atualizado
Vídeo: OSBA une sinfonia e ancestralidade em concerto para celebrar centenário de Mãe Stella de Oxóssi

Foto: Farol da Bahia

Violinos, violoncelos e trompetes se uniram aos atabaques em um grande espetáculo musical para homenagear Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, que completaria 100 anos no dia 2 de maio se estivesse viva. O evento realizado para celebrar o centenário da sacerdotisa aconteceu neste domingo (4) e lotou o Cine Teatro Solar Boa Vista com amigos, familiares e admiradores de Mãe Stella.

A apresentação, intitulada “Odé Nfè” (que significa “Oxóssi deseja”), contou com quatro obras de compositores baianos do repertório da música de concerto, selecionadas pelo maestro. Além disso, a participação de alabês de importantes terreiros de candomblé da Bahia, incluindo Adriano Azevedo, sobrinho de Mãe Stella, e da soprano Irma Ferreira, uniram o sinfônico e ancestral no tributo à sacerdotisa.

O maestro  Carlos Prazeres, regente titular da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), falou em entrevista ao Farol da Bahia sobre o desafio de dirigir o concerto em homenagem a Mãe Stella de Oxóssi, uma vez que a apresentação fugiu ao repertório habitual, incorporando a música afro e instrumentos do candomblé.

"Não nos faz crescer só de forma musical, a gente cresce espiritualmente quando a gente se entrega à cultura, à religiosidade da nossa cidade. Falar de Salvador sem falar dos terreiro de candomblé, sem falar de Mãe Stella, sem falar de Mãe Menininha, seria impossível", disse Carlos Prazeres.

Tomazia, sobrinha de Mãe Stella de Oxóssi, marcou presença no espetáculo. Feliz em testemunhar o reconhecimento da importância da tia, ela falou sobre as inúmeras contribuições da líder religiosa.

"Ela foi uma pessoa que contribuiu para o mundo, para a educação, para a religião, para a vida pública. Deu consciência política, consciência religiosa, espalhou a consciência e imprimiu alguns detalhes que vão ficar para sempre, como a tirada do sincretismo dentro do candomblé. Ela contribuiu com escola, biblioteca, museu. Ela fez de tudo o que ela pôde e não pôde para que esse momento chegasse, se preservasse todo esse legado dela", disse Tomazia.

A sobrinha de Mãe Stella comentou ainda sobre a união entre a música afro e a orquestra sinfônica na homenagem à sacerdotisa. "Ela contribuiu para essa aglutinação, para essa conjunção entre religião, entre música, entre pessoas, entre comunidades. Ela foi essa ponte. Porque se hoje uma orquestra sinfônica encanta uma música de candomblé de axé, ela foi a ponte para isso. O verbo dela era acolher", concluiu.

O concerto da OSBA encerrou um final de semana de comemorações a Mãe Stella de Oxóssi. Na sexta-feira (2), a Academia de Letras da Bahia (ALB), da qual Mãe Stella fez parte, abriu as portas para o evento de lançamento do instituto Mãe Stella de Oxóssi. No sábado (3), o seminário "Cartas para Mãe Stella", no Forte da Capoeira, destacou o papel da líder religiosa para a escrita, religião, intelectualidade e enquanto figura pública.

Confira o vídeo abaixo:

 


 

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