Pandemia modifica formas de consumo na Black Friday em 2021
Consumidores tendem a buscar itens de necessidade real e menos supérfluos

Foto: Agência Brasil
Desde o ano passado a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, vem modificando as formas de consumo. Devido ao novo cenário, a Black Friday, realizada nesta sexta-feira (26), precisou buscar novos nichos de mercado para garantir aumento nos lucros dos comerciantes do país. Essa é a segunda edição da sexta-feira de promoções realizada em meio a pandemia. De acordo com a assessora econômica da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), Kelly Carvalho, “assim como no ano passado, continua complicado renovar os estoques porque as indústrias não conseguem atender à demanda”.
Isso acontece porque os eletroeletrônicos, considerados carro-chefe da Black Friday, perderam espaço nos últimos dois anos. Desde que o novo coronavírus começou a se expandir pelo mundo, no início de 2020, caiu a produção de insumos na China, a maior fornecedora global. Com menos insumos, diminuiu a fabricação de TVs, celulares e computadores no planeta todo, incluindo o Brasil, e por isso as lojas têm pouco a oferecer em uma Black Friday. "Para piorar, o que chega ao mercado está mais caro, por causa do dólar alto", disse Carvalho.
Sem as vedetes das vitrines físicas e dos sites de ecommerce, o varejo precisou apelar para outros produtos, alguns dos quais são vendidos com pouca margem para descontos. É o caso dos alimentos da cesta básica, por exemplo. De acordo com levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), 30% dos consumidores devem ir às compras nesta sexta-feira e, desses, 38,3% vão atrás de roupas e calçados. A pesquisa também mostra que, entre os eletrônicos, os telefones celulares lideram, com 28,7%. Depois vêm os computadores, notebooks ou tablets (19,9%) e as TVs (19,4%).