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Pesquisa sobre ansiedade na pandemia aponta que meninas e jovens brasileiras foram as mais afetadas

O Brasil foi um dos países onde as meninas afirmaram sofrer com mais ansiedade

Por Da Redação
Ás

Pesquisa sobre ansiedade na pandemia aponta que meninas e jovens brasileiras foram as mais afetadas

Foto: Reprodução

A pesquisa “Vidas Interrompidas: O Impacto da COVID-19 na vida de Meninas e Jovens Mulheres, lançada em um evento paralelo da Assembleia Geral das Nações Unidas, esta semana, mostra que nove a cada dez garotas, ou seja, 88% delas, têm sentindo níveis altos ou médios de ansiedade como consequência da pandemia.

O levantamento realizado pela Plan International, organização humanitária de direitos de crianças e adolescentes, é o mais extenso deste tipo com foco no impacto da pandemia sobre as meninas. A pesquisa ouviu 7 mil jovens em 14 países, incluindo o Brasil. As meninas eram de: Austrália, Brasil, Egito, Equador, Espanha, Estados Unidos, Etiópia, França, Gana, Índia, Moçambique, Nicarágua, Vietnã e Zâmbia.

Segundo a pesquisa, os jovens foram a população mais afetada pela pandemia, já que nessa faixa etária as interações são essenciais para a saúde mental e o aprendizado.

A Plan Internacional está levantando 100 milhões de euros para proteger algumas das crianças mais vulneráveis do mundo dos impactos da pandemia, e tem convocado autoridades globais e locais para garantir que as garotas sejam levadas em conta.

Ansiedade entre brasileiras

As entrevistadas brasileiras tinham idades entre 15 e 19 anos. Elas destacaram como principais medos a própria saúde (33%) e bem-estar das famílias (40%). Quase um terço delas (26%) estava preocupada com a perda de renda familiar devido à pandemia. E muitas jovens de classes menos favorecidas ainda não têm acesso a computadores ou internet. Estudar pelo celular é praticamente impossível.

O Brasil foi um dos países onde as meninas afirmaram sofrer com mais ansiedade. Há alguns anos, uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que o Brasil é o país com maior número de indivíduos com ansiedade.

Outros dados preocupantes da pesquisa:

– 62% das meninas entrevistadas disseram que estavam tendo dificuldades por não poderem ir à escola ou à universidade;

– mais da metade (58%) das meninas está sentindo os efeitos negativos de não poder sair de casa normalmente;

– outros 58% destacaram o fato de não poderem encontrar as amigas como uma consequência negativa da pandemia.
Mulheres são as mais afetadas

No final de março, a ONU publicou o relatório “Mulheres no centro da luta contra a crise Covid-19”, em que destacava o fato de a pandemia afetar mais o sexo feminino. As razões apontadas são inúmeras: elas são maioria nas profissões ligadas à saúde e cuidado de pacientes; o confinamento aumentou os casos de violência doméstica e feminicídio; e elas têm de se dividir entre o trabalho, as tarefas domésticas e o cuidado dos filhos e dos parentes mais idosos.
 

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