Pesquisadores desenvolvem tecnologia para hackear sonhos

Experimento foi realizado com pacientes enquanto eles dormiam

[Pesquisadores desenvolvem tecnologia para hackear sonhos]

FOTO: Northwestern University/K. Konkoly/Divulgação

Pesquisadores do Dream Lab, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram tecnologia para hackear sonhos e conversar com pessoas enquanto elas dormem. O estudo foi feito com base no sono REN (Rapid Eye Movement, ou movimento rápido dos olhos), fase na qual a atividade cerebral é tão intensa quanto a durante o estado consciente. Essa é a fase em que ocorre os sonhos lúcidos. 

“Descobrimos que os indivíduos em sono REM podem interagir com um pesquisador e se comunicar em tempo real e que aqueles que sonham são capazes de compreender perguntas, engajar-se em operações da memória de trabalho e produzir respostas. A maioria das pessoas pensaria que isso não é possível – que as pessoas acordariam quando uma pergunta fosse feita”, disse em comunicado um dos autores do estudo, o psicólogo Ken Paller, diretor do Programa de Neurociência Cognitiva na Universidade Northwestern.

Experimento

Os participantes voluntários do estudo foram treinados a reconhecer os sinais de que estava dentro de um sonho lúcido e como os pesquisadores entrariam em contato, seja através de sons, luzes ou toques físicos. Os cochilos aconteciam com os pacientes adormecendo conectados a monitores de atividade cerebral, através de sensores para captar a contração dos músculos do rosto. 

Foram realizadas 57 sessões com 36 indivíduos, que tiveram sonhos lúcidos 15 vezes. Nesse caso, eles foram testados com perguntas e testes de matemática simples. Os voluntários respondiam através do sinais anteriormente combinados, como sorrir, franzir a testa ou mover os olhos. 

De um total de 158 perguntas, os pesquisadores obtiveram dos voluntários adormecidos respostas corretas em 18,6% das vezes e erradas para 3,2% das perguntas. Não houve clareza em 17,7% das respostas; 60,8% das questões não obtiveram resposta.

Quando acordados, os pacientes descreviam o sonhos. Alguns lembravam de terem sido chamados; um dos participantes ouviu, pelo rádio do carro onde sonhou estar, a voz de um dos pesquisadores pedindo a ele que resolvesse um problema de matemática, enquanto outro, numa festa de amigos, escutou o pesquisador, como o narrador de um filme, perguntar se ele falava espanhol.

Os experimentos foram conduzidos independentemente pela equipe da Northwestern (EUA), e as das universidades Sorbonne (França), Osnabrück (Alemanha) e Radboud (Holanda).


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