Plano paralelo à gestão da pandemia

Confira o editorial desta segunda-feira (8)

Por Editorial , Erick Tedesco
Ás

Plano paralelo à gestão da pandemia

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O combate à covid-19 no Brasil está rachado e a ruptura se dá pelos Estados em relação à resistência – praticamente de sempre – do governo federal em potencializar medidas restritivas para conter o avanço da doença do novo coronavírus. A ‘oposição’, leia-se governos estaduais que se articulam, tem até mesmo uma data para iniciar a investida: 14 de março. 

A articulação, nomeada Fórum Nacional dos Governadores, está fortalecida – apenas Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Acre e Roraima não confirmaram a adesão ao plano, cuja proposta, com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), deve ficar pronta nestes primeiros dias da segunda semana de março.

Está em jogo, principalmente, a compra de vacinas direto pelos Estados sem a participação do governo federal, e esta será o principal ponto da pauta da reunião entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta segunda-feira. Espera-se seriedade e comprometimento com o país na luta contra o vírus.

Além disso, existe um claro aceno de parte expressiva na Câmara dos Deputados ao plano do Fórum. A tentativa agora parece trazer o ministro da Saúde ao arranjo. É uma costuma de bastidores, certamente longe do mando presidencial. 

As almejadas medidas, diga-se, já estão atrasadas, num cenário em que o descontrole da pandemia e a lentidão no processo de vacinação no Brasil é vista como um perigo global. Soma-se à terrível estatística de média móvel de mortes por covid-19 na última semana, que subiu 42% no país em relação ao período anterior, de acordo com números apurados pelo consórcio de veículos de comunicação juntos aos estados.

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