Polícia vai investigar se menino Miguel foi jogado do 9º andar

Principal evidência é que Miguel não teria conseguido chegar sozinho ao local de onde caiu

Por Da Redação
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Polícia vai investigar se menino Miguel foi jogado do 9º andar

Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Pernambuco  começou a investigar a possibilidade de que menino Miguel, de 5 anos,  tenha sido jogado de uma altura de 35 metros,  nono andar de um prédio de luxo em Recife . Até o momento, a principal evidência a sustentar essa linha de investigação é que Miguel não teria conseguido chegar sozinho ao local de onde caiu. A informação é da revista Época.

O caso aconteceu no dia 2 de junho quando Miguel estava sob cuidado da patroa da mãe, Sarí Corte Real, quando foi deixado só no elevador e subiu até o andar de onde caiu. Ele morreu pouco depois. Peritos do Instituto de Criminalística retornaram ao edifício nesta semana, sob determinação do delegado Ramon Teixeira. Os investigadores avaliam que seria difícil para Miguel, que tinha 1,15 metro, passar pela mureta de 1,20 metro para chegar à área onde ficavam os condensadores de ar-condicionado do 9º andar, de onde ele caiu. 

Além disso, os peritos alegam que ele teria que caminhar sobre os equipamentos de ar e passar por mais uma grade 1,30 metro com hastes de aluminío. Apesar das questões técnicas, a polícia não tem nenhum suspeito ou indício de que alguém iria querer jogar Miguel. Não há câmeras no corredor do andar.

“A princípio, ele tentou escalar e caiu lá de cima de forma acidental. Mas as investigações não estão conclusas. Falta comprovar se é possível ele ter caído sozinho”, explicou à revista perito criminal André Amaral.

Ainda de acordo com a revista, os próprio moradores do prédio, conhecido como Torres Gêmeas, usaram as redes sociais para lançar dúvidas sobre a possibilidade de Miguel ter conseguido chegar ao local do qual caiu. Imagens com medições e até de crianças ao lado do local por onde o garoto teria passado foram postadas anonimamente para questionar e exibir a dificuldade. A mãe de Miguel, Mirtes, diz que não descarta nenhuma hipótese.  

Mesmo com a nova linha de investigação, a principal hipótese ainda segue sendo a de queda acidental, com a patroa sendo responsabilizada por ter permitido que a criança vagasse sozinha pelo prédio. Procurando a mãe, que passeava com os cachorros da patroa embaixo, o garoto teria chegado à área restrita e caído.

Sarí foi presa e autuada por homicídio culposo, quando o ato não é considerado intencional. Contudo, foi solta em menos de 24 horas após pagar uma fiança de R$ 20 mil. Imagens do elevador mostram que ela deixou a criança só e ainda aparenta apertar um botão no alto.

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