Pólio: prevenção é a vacina

No Brasil, março de 1989 foi marcado pela notificação do último caso de poliomielite no país, doença conhecida como paralisia infantil. Esta conquista, no entanto, depende da conscientização quanto à importância de vacinar as crianças, e os dados atuais da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença são preocupantes. 

A menos de uma semana do fim da campanha, o Ministério da Saúde divulgou ontem que 7,3 milhões de crianças ainda não foram imunizadas contra a poliomielite no Brasil. Até o momento, somente cerca de 4 milhões (35%) foram vacinadas contra a paralisia infantil. O público-alvo estimado é de 11,2 milhões das crianças de 1 a menores de 5 anos. 

A pandemia e o medo de muitas famílias em expor os filhos ao ambiente externo, por certo, reflete na quantidade de crianças ainda não vacinadas, mas, ainda assim, é um número expressivamente negativo e alarmante. 

A continuidade das campanhas de vacinação e o entendimento dos pais sobre a importância desta ação são fundamentais para evitar a reintrodução do vírus no país. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é, mesmo, por meio da vacinação, isso cientificamente comprovado há décadas.

Na maioria dos casos, a criança não morre quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia permanente ou transitória, principalmente nos membros inferiores. A deficiência motora instala-se subitamente e a evolução desta manifestação, frequentemente, não ultrapassa três dias.