Presidente de Israel foi alvo de queixas criminais em Davos
Durante Fórum econômico, Isaac Herzog pediu à comunidade internacional que rejeite acusações de genocídio contra Israel

Foto: Reprodução/ president.gov.il
O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi alvo de queixas criminais durante sua visita ao Fórum Econômico Mundial em Davos, já que Israel é acusado de cometer crimes de guerra em Gaza. A informação foi confirmada por promotores suíços, na última sexta-feira (19).
“As queixas criminais serão examinadas de acordo com o procedimento usual”, informou o gabinete do procurador-geral da Suíça. Foi informado também que o gabinete entraria em contato com o Ministério das Relações Exteriores do país para analisar a situação.
Em tese, outras nações não possuem jurisdição criminal sobre os atuais chefes de Estado, chefes de governo e ministros das Relações Exteriores de outro país.
Não foram revelados detalhes sobre a natureza e o número de das reclamações, nem quem as apresentou.
Um porta-voz do gabinete de Herzog não comentou a declaração dos promotores suíços. Afirmou apenas que o presidente foi a Davos para apresentar a posição de Israel sobre a situação na Faixa de Gaza.
Herzog falou no Fórum Econômico Mundial na quinta-feira (18), onde pediu à comunidade internacional que rejeite as acusações de genocídio contra Israel.
Na semana passada, o presidente de Israel também criticou a ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) acusando Israel de genocídio contra os palestinos em Gaza. Ele afirmou que não havia “nada mais atroz e absurdo” do que ação feita pelo país africano.
Ao apresentar seu caso, a África do Sul citou Herzog e outras autoridades israelenses que, segundo o país africano, expressaram intenção genocida contra os palestinos.
A ofensiva israelense na Faixa de Gaza, lançada após um ataque mortal de integrantes do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, deslocou a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes do enclave e causou uma grave crise humanitária.