Presos políticos na Venezuela

[Presos políticos na Venezuela]

FOTO: Agência Brasil

A crise econômica e política da Venezuela, que também é humanitária, há tempos é assunto corriqueiro em noticiários de todo o mundo. O desamparo e o desespero que sufoca a esperança de dias melhores no país caribenho têm representatividade no governo do chavista Nicolás Maduro, cuja governa rente ao abismo. Está encurralado, sem dinheiro nos cofres públicos para sustentar a nação, e talvez a única força motriz que o mantém como chefe de Estado é por meio da opressão aos opositores. 

Os 773 presos políticos, entre venezuelanos e cidadãos de outras nacionalidades, número atualizado essa semana pela ONG Foro Penal, indica uma situação caótica no que diz respeito à liberdade de expressão no país. 

A exemplo de Leopoldo López, ex-oposicionista político de Maduro, preso político desde 2014, segundo o governo, por ter cometidos atos violentos em protestos. De fato, de maneira alguma se pode chamar de movimento pacífico aquele ato que contabilizou 89 mortes, no entanto, provocadas principalmente pela truculência do Exército de Maduro. López ficou mais 90 dias sem ver seus advogados e os últimos 32 isolado em uma torre da prisão militar de Ramo Verde. 

Além de López, existem presos de Portugal, Estados Unidos, por exemplo, encarcerados por meras – e necessárias – críticas verbais e exposições ao mundo da brutalidade do governo de Maduro, inegavelmente com tons ditatoriais. Segundo a ONG venezuelana, que executa um brilhante e íntegro trabalho em prol dos direitos humanos por lá, até mesmo uma criança (menor de 18 anos) está entre os presos políticos. A perversidade do mandatário caribenho vai, mesmo, longe. 

Mais efetivo do que chegar às mãos de autoridades de órgãos internacionais, a lista do Foro Penal precisa ser desfeita, enxuta e zerada. Com uma democracia em frangalhos, numa Venezuela arruinada por sucessivos governos mal estruturados, quando não mal-intencionados, tiranos constroem narrativas cruéis perante quem deseja mudar a história. Chamado de “maior genocida de todos os tempos das Américas” inclusive por formadores de opinião venezuelanos, Maduro é quem de fato é um preso dentro de sua alucinada política segregadora e violenta. 


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