Doenças obstrutivas causam alto índice de mortes no Brasil

Especialista explica sobre tratamentos e indica que manter uma boa qualidade de vida

[Doenças obstrutivas causam alto índice de mortes no Brasil]

FOTO: Reprodução

Considerada como a principal causa de óbito em todo mundo, as doenças obstrutivas coronarianas são o resultado da formação de placas de aterosclerose (placas de tecido fibroso e colesterol principalmente), que crescem e acumulam-se na parede dos vasos, dificultando ou até impedindo a passagem do sangue. E, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a enfermidade faz, a cada ano, 17,3 milhões de vítimas sendo que, a estimativa para 2030 é preocupante, pois o total de óbitos deverá chegar a 23,6 milhões. Por conta disso, a prevenção ainda é a melhor opção.

Seu crescimento pode ser acelerado por fumo, pressão alta, colesterol sanguíneo elevado e diabete. “Essas doenças podem ocasionar dor no peito, cansaço e em um grau mais avançado, pode levar ao infarto”, pontua o cardiologista Ricardo Costa, Diretor Administrativo da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.

Estresse, fumo, diabetes, herança genética, obesidade e hipertensão são os grandes vilões das doenças coronarianas. Sendo assim, manter uma vida saudável, praticar atividade física e cuidar da alimentação são fundamentais para prevenir a doença, ou, para controlar o agravamento do quadro. “Ficar atento a esses fatores de risco e controlá-los é essencial para manter a saúde em dia. Seja com a prática de atividades físicas ou mudanças na alimentação a favor de alimentos mais naturais e saudáveis. O importante é ter consciência e lutar por uma vida mais saudável, claro que com o acompanhamento profissional”, indica.

Tratamento

Pode envolver o uso de medicamentos numa fase mais inicial e crônica, ou até a indicação de procedimentos de revascularização –seja percutâneo ou cirúrgico – nos casos mais graves, onde existe evidência de sofrimento do coração,  e nos casos agudos. Neste contexto, a avaliação anatômica pode ser necessária para investigação da gravidade e extensão das lesões coronárias, permitindo, dessa forma, que o cardiologista realize uma avaliação médica minuciosa.

“Inicialmente, para descobrimos onde é a obstrução e o quanto ela é grave é necessário fazer o cateterismo. Onde, o médico percorre o sistema circulatório com um cateter até chegar ao coração e analisa se há obstrução das artérias, alteração no funcionamento das válvulas e até se há problemas congênitos. Quando é descoberta a gravidade do quadro, pode ser necessário fazer a angioplastia, que consiste na intervenção para desentupir as artérias obstruídas. Seu procedimento também envolve a o implante de stents, que são prótese metálicas no formato de um pequeno mola, que promovem a desobstrução local”, explica.

De um modo geral, quando se faz a angioplastia, o paciente pode retomar as atividades em alguns dias, tomando os cuidados necessários que serão receitados pelo médico. “Entretanto, nos casos de infarto, requer-se um tempo maior de repouso”, finaliza.


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