Principal suspeito de atentado contra diretor do presídio de Eunápolis é preso; homem também atuou na fuga de 16 detentos

Um homem foi preso, na segunda-feira (4), suspeito de participar do atentado ao diretor do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, e da fuga de 16 detentos do presídio.

Segundo informações da Polícia Civil, Romildo Ramos de Moraes, conhecido como "RD", foi localizado no distrito de Pindorama, na região de Porto Seguro. Ele tinha cinco mandados de prisão em aberto e é integrante de uma organização criminosa do Rio de Janeiro.

Durante o ataque, que ocorreu no dia 21 de maio, o diretor Jorge Magno Alves não estava no veículo. Os disparos atingiram um motorista terceirizado que ficou gravemente ferido.

Romildo tinha relação com o advogado que facilitou a saída dos detentos do presídio e atuava como mensageiro de internos do conjunto prisional e no tráfico de drogas. Ele foi detido pelo mesmo crime, no mês de julho, na cidade de Serrinha.

Ainda segundo a polícia, o suspeito também dava ordens a comparsas para atirarem contra policiais e familiares. Ele passará por exames de lesões corporais e seguirá para o sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.

Fuga do presídio 

Há pouco mais de oito meses, 16 internos do Conjunto Penal de Eunápolis fugiram da unidade prisional. Segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), um grupo de homens armados invadiu o local, por volta das 23h, e trocaram tiros com seguranças.

Os detidos estavam em duas celas distintas, que foram abertas pelos homens. Ainda conforme a Seap, a Reviver, empresa que atua na cogestão da unidade e também responsável pela segurança do acesso ao local, acionou a polícia, mas não houve tempo hábil para intervenção.

No dia 16 de janeiro deste ano, um dos presos, identificado como Anailton Souza Santos, morreu após uma troca de tiros com policiais civis. Os outros 15 detentos seguem foragidos. Veja abaixo as identidades dos procurados:

1. Edinaldo Pereira Souza, conhecido como Dada;
2. Sirlon Riserio Dias Silva, conhecido Saguim;
3. William Ferreira Miranda;
4. Idario Silva Dias, conhecido como Darinho;
5. Isaac Silva Ferreira;
6. Thiago Almeida Ribeiro, conhecido como Pirata;
7. Romildo Pereira dos Santos, conhecido como Rô;
8. Altiere Amaral de Araújo, conhecido como Leleu;;
9. Fernandes Pereira Queiroz;
10. Giliard da Silva Moura, conhecido como Saruê;
11. Rubens Lourenço dos Santos, conhecido como Binho Zoião;
12. Valtinei dos Santos Lima, conhecido como Dinei;
13. Anderson de Oliveira Lima, conhecido como Magão;
14. Geifson de Jesus Souza, conhecido como Geu e Bode;
15. Mateus de Amaral Oliveira.

Ataque

Um grupo de 20 criminosos, que integram uma facção criminosa, estavam encapuzados, cercaram o carro do diretor e efetuaram disparos, com um armamento de grosso calibre, incluindo fuzis 7,62 mm e 5,56 mm.

Embora os criminosos tenham orquestrado o ataque contra Jorge Magno, a única vítima da ação do grupo armado foi o motorista do veículo, já que Magno não estava no carro. 

A vítima, mesmo ferida, conseguiu dirigir por alguns metros até ser socorrida por policiais militares. O homem foi encaminhado ao hospital, passou por cirurgia e ficou internado, sem risco de morte.

Jorge Magno Alves Pinto assumiu o cargo de diretor do CPE após a fuga de 16 presos do complexo penal de Eunápolis. Ele entrou no lugar de Joneuma Neres, presa por ter supostamente facilitado a fuga dos criminosos no presídio.

As investigações indicaram que a ação foi coordenada por Ednaldo Pereira Souza, conhecido como “Dadá”, chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), atualmente ligada ao Comando Vermelho (CV), um dos mandantes da fuga.

Um dos executores do atentado foi identificado como José Rubens Alves de Assis Filho, conhecido como “Rubão”. Ele e a namorada, Letícia Rodrigues, foram presos no dia 21 de maio, na cidade de Itapebi.

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