Vídeo: Professora petista causa polêmica ao torcer pela morte da oposição e doutrinar alunos
Em suas declarações Monique Emer afirma que pessoas conservadoras devem estar a 'sete palmos da terra'

Foto: Reprodução
"Quando começou a Covid eu pensei: "lindo maravilhoso, vai morrer um monte de velho porque eles são machistas, racistas reacionários, conservadores, e o PT vai se eleger"", essa foi uma das declarações polêmicas emitidas pela professora municipal de Caxias do Sul (RS), Monique Emer, ao fazer menção de que nenhum candidato do PT havia sido elegido nas capitais durante as eleições municipais deste ano, ocorridas nos dias 15 e 29 de novembro.
"Vai ser bom vai agilizar porque eu estou achando os votos tão pouco, gente. A gente nem conseguiu se eleger nas capitais ainda. Tem que morrer mais, tá morrendo pouco. Uma hora vai morrer o suficiente para a gente ganhar. Tem que morrer velho rico e velho pobre porque tem muito pobre que votou no [presidente Jair] Bolsonaro. Gente conservadora é bom a sete palmos abaixo da terra", disse em um dos supostos áudios vazados.
Entre as inúmeras declarações de ódio feitos pela educadora, também está um publicado por ela em suas redes sociais após o resultado do segundo turno das eleições, cujo não elegeu o candidato para prefeitura Pepe Vargas (PT), político que contava com o seu apoio. Para ela, foi "um milagre a esquerda ter chegado ao segundo turno na "Colônia Caxias"", onde definiu que a população era uma "terra de gente burra, grosseira e tacanha" e que a situação ficou mais grave com as manifestações pelo anti-petismo.
Ainda na publicação, Emer escreve que "os caxienses têm a profundidade intelectual de um pires" e que se morrerem não fariam falta, além de serem "facilmente substituíveis".
"Digo isto pois nesse exato momento há uma massa comemorando a própria desgraça na Praça Dante Alighieri [...] O resto só ganhará um Covid grátis mesmo, merecidíssimo e espero que com agravamento do quadro. De qualquer forma, a imensa maioria são velhos de classe média, empresários e idiotas úteis, gente facilmente substituível e cuja morte por Covid poderia ser até um alívio para a humanidade", comentou.
Além de ter desejado a morte dos eleitores da oposição, a educadora municipal petista ainda revelou praticar doutrinação em sala de aula para os alunos, que segundo ela, faz o favor de desmascarar os falsos heróis criados pelos "pais [dos alunos], educados na ditadura" que foram ensinados a admirar a direita.
"Meus filhos já são criados assim. Já nasceram em meio à palestras, manifestações, greves, sindicato e partidos políticos. Brincam na sala à sombra de uma bandeira comunista na parede. [...] É para isso que eu leciono e com esse objetivo que levanto da cama todos os dias... E vejo muitos frutos já", disse no post.
Em um suposto áudio vazado, Monique também diz que se depender dela todos os estudantes que virem a ser seus alunos, além dos filhos, vão aprender que algumas coisas só se resolvem da maneira que ocorre na Argentina e França, "onde botam fogo em ônibus, quebram mercado, banco e saqueando loja porque é desse jeito que se resolve as coisas. Na paz e na democracia não se resolve é nada", pontuou.
Após os comentários terem se tornado públicos e viralizado nas redes sociais, um abaixo-assinado foi criado com o objetivo de fazer uma solicitação pela exoneração da funcionária municipal. Criado no último dia 5 de dezembro, a lista ultrapassou a meta de 10 mil e foi concluída com 11.204 assinaturas de pessoas que apoiam a saída da profissional.
Por meio de um comunicado, a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo da Câmara Municipal de Caxias do Sul, respondeu as demandas e questionamentos da sociedade sobre as publicações e posicionamentos da professora e afirmou que ela como "cidadã, possui o direito civil de se posicionar da forma que entende ser a mais correta, porém, como professora do Município, deve satisfação à sociedade, para quem essa trabalha, assim como qualquer outro servidor público municipal".
A Comissão solicitou que o Poder Executivo tomasse as providências e que fosse verificado se o conteúdo da educadora em sala de aula condiz com o plano pedagógico dos anos em que trabalha. Além disso, o comunicado que é direcionado ao prefeito Flávio Cassina, ainda pede um posicionamento da direção da escola em que Monique Emer leciona.
A Prefeitura de Caxias do Sul esclareceu, também por meio de nota, que lamenta o fato ocorrido nas redes sociais e informou que o caso está sendo tratado pelas autoridades competentes.