Promessas de campanha de Lula e Bolsonaro superam, cada, R$ 150 bilhões

As tradicionais promessas de campanha são presença garantida nas eleições, mas, em 2022, os valores implicados nas propostas dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) chegam a altos patamares.

Um levantamento da Veja aponta que as demandas prometidas por Lula somavam, até a última quinta-feira (20), R$ 153 bilhões e por Bolsonaro R$ 159 bilhões.

“Há ainda um conjunto de passivos enormes que vamos ter de resolver de alguma maneira no ano que vem, como por exemplo despesas adiadas com precatórios e acertos com estados e municípios. Tudo isso pode levar a um impacto fiscal negativo de até 430 bilhões de reais”, avaliou Bráulio Borges, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), em entrevista à Veja.

Alguns programas já são dados como certos para 2023, como a continuidade do Auxílio Brasil (ou Bolsa Família, como deve ser renomeado, caso Lula seja eleito) no valor de R$ 600, em vez de voltar a 400 reais, como consta no projeto de Orçamento enviado ao Congresso. Essa promessa, sozinha, custará R$ 52 bilhões, e ocupa grande parte dos custos com as promessas.