"Quem teme ser preso não quer pacificação do país", afirma Barroso
Ministro demonstrou frustração de não conseguir pacificar o Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (26) que "quem teme ser preso" não deseja a pacificação do Brasil. O ministro considera que o país deverá ser pacificado depois do julgamento dos quatro núcleos da ação da trama golpista.
"Os julgamentos do 8 de janeiro, o volume que foi, que demorou, e o julgamento do golpe, dificultaram muito criar esse ambiente de total pacificação, porque quem teme ser preso está querendo briga, e não pacificação", afirmou Barroso em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (26).
Barroso também destacou que a única frustração foi não ter conseguido pacificar o Brasil.
O ministro considerou que o "núcleo crucial", como foi chamado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi o mais emblemático e que o Tribunal sofreu pressão política diante do julgamento. O grupo composto por oito réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já foi julgado e todos condenados.
"Esse julgamento é imprescindível para nós encerrarmos a história dos ciclos do atraso no Brasil, que é uma história de golpes e contragolpes", afirmou o ministro, destacando que já realizou a lista de todos os "golpes e contragolpes" em plenário.
Barroso também citou que a narrativa de que o Brasil vive uma ditadura judicial é totalmente equivocada.
Na próxima segunda-feira (29), o ministro Edson Fachin assumirá a presidência da Corte e Alexandre de Moraes será o vice.
Com informações da CNN Brasil*