Rebanho baiano de ovinos bate recorde em 2018, diz IBGE

O rebanho baiano de ovinos (ovelhas, carneiros e borregos) teve o maior crescimento absoluto em 44 anos - mais 386,2 mil cabeças- e bateu  recorde de quase 4,2 milhões de animais em 2018. Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2018  divulgada nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estado registrou o maior efetivo de ovelhas e carneiros do país,  22,1% do total de animais. O Rio Grande do Sul, que até 2015 liderava o ranking, teve uma queda em seu efetivo (-7,2%), chegando a 3,2 milhões de cabeças (16,8%).

O rebanho de caprinos (bodes, cabras e cabritos) cresceu pelo quarto ano seguido no estado (+9,2%), e também consolidou a sua liderança nacional, com 3,2 milhões de animais (30,2% do total ou 3 em cada 10 caprinos no país).

Segundo o IBGE, Juazeiro tem os segundos maiores rebanhos de ovinos e caprinos da Bahia e os terceiros do país (250,5 mil e 246,8 mil animais, respectivamente). Remanso tem o terceiro maior rebanho ovino do estado e o quarto do país (236,9 mil animais) e Curaçá tem o terceiro maior efetivo de caprinos da Bahia e quarto do Brasil (243,4 mil animais).

Após sete anos seguidos em queda, o rebanho baiano de suínos voltou a crescer em 2018 (+2,6%), e chegou a 1,1 milhão de cabeças. O município de Casa Nova se destaca no país, pois tem os maiores rebanhos de ovinos (442,5 mil animais) e caprinos (510,2 mil) do Brasil, e o maior efetivo de suínos da Bahia (28,5 mil animais).

Os municípios de Campo Alegre de Lourdes e Ibititá, mais que triplicaram o rebanho de suínos, passando de 4.218 para 15.395 animais, e de 1.813 para 6.546 suínos em um ano, respectivamente.

Quedas

Apesar desses números positivos para a pecuária, a Bahia teve quedas apenas nos efetivos de bovinos (-1,1%) e de frangos para corte (-1,0%). O município de Entre Rios é o maior produtor de ovos da Bahia, com 16,7 milhões de dúzias em 2018 (19,0% do total) e e ocupa a 50º em nível nacional. A cidade também tem o maior número de galinhas poedeiras no estado (695,5 mil animais, 11,4% do total).

Em 2018, a produtividade do leite na Bahia cresceu pelo sexto ano consecutivo e chegou ao recorde no estado (1,13 mil litros por vaca ordenhada).

A piscicultura teve um ano de baixa em 2018 comparado a ano de 2017. A produção baiana de peixes em cativeiro registrou a segunda maior retração do país em números absolutos (-4,5 mil toneladas), e o estado caiu de nono para décimo segundo no ranking nacional.

O município de Glória , que é o maior produtor baiano de peixes em cativeiro, também teve queda na piscicultura em 2018 (-36,8%),caiu de terceiro para nono lugar no ranking nacional.