Áreas verdes urbanas são espaços físicos em meio à cidade com prevalência de vegetação arbórea de grande importância no aumento da qualidade de vida da população, como jardins públicos, praças, parques, complexos recreativos e esportivos, entre outros. Não se trata apenas de estética. 

As cidades abrigam 55% da população mundial, condensando muitas pessoas em um mesmo lugar, consequentemente, trazendo o tema à realidade global, são as áreas mais afetadas pelas covid-19. Estima-se que 90% de todos os casos relatados pela doença do novo coronavírus tenham ocorrido no perímetro urbano. 

No entanto, a concentração de pessoas também torna esses locais essenciais para vencer a luta pela recuperação verde no pós-pandemia – importante para reduzir o risco de futuras pandemias e combater as mudanças climáticas.

As cidades são terrenos férteis para novas ideias e lugares onde muitas técnicas inovadoras para reduzir as mudanças climáticas, a poluição, o uso de recursos e a perda de biodiversidade estão tomando forma.

Vale ressaltar que a agricultura urbana, a mobilidade elétrica, os meios de transporte não motorizados são temas recorrentes já há um tempo nas cidades, mesmo antes da crise da covid-19, assim como estudos e protótipos de uso de sistemas de energia renovável descentralizados ou soluções ao dia a dia baseadas na natureza.

Não há dúvida que daqui em diante, neste um tanto precipitado, mas irremediável retorno da ‘nova normalidade’ ainda durante a pandemia, é hora de preservar e recuperar melhor o verde urbano,  construindo cidades mais resilientes, inclusivas e sustentáveis. 

E o trabalho é enorme, como limpar o ar atmosférico, criar espaços abertos naturais e adotar soluções que reduzam a emissão de carbono e o uso de recursos naturais, bem como os impactos relacionados aos ecossistemas, ao mesmo tempo em que geram novos empregos.