Redes sociais e o voto

Por Editorial
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Redes sociais e o voto

Foto: Reprodução

Uma pesquisa de opinião do Instituto DataSenado, que ouviu 2,4 mil pessoas no último mês de outubro, aponta a influência crescente das redes sociais como fonte de informação para o eleitor, o que pode, em parte, impactar as escolhas dos cidadãos nas eleições de 2020. 

Afinal, não é novidade alguma desvendar a acesso cada vez mais constante dos brasileiros à internet em sintonia com uma máquina política que povoa com mais frequência e de forma mais robusta um aparato tecnológico capaz de atingir de adolescentes a idosos com rapidez.

Quase metade dos entrevistados (45%) afirmaram que, em 2018, decidiram o voto por meio de informações vistas em alguma rede social; deste indicador, 79% disseram sempre utilizar o whatsapp social para se informar, mas, isso não significa que todo conteúdo é considerado legítimo.  

As fake news, como demonstrou a pesquisa, passam por um filtro – 53% dos entrevistados afirmam que conseguem identificar algum indício, quando existe, de mentira ou informação superlativa durante a leitura. 

Estes poucos indicadores do levantamento, que aponta outras questões sobre a relação eleitor e redes sociais, já são suficientes para compreender que o pleito do próximo ano certamente acontecerá sob dinâmica da informação pulverizada, principalmente por meio de whatsapp, facebook, twitter, instagram, entre outros. 

Existe um enorme descontentamento – e isso é latente – da população perante mídias tradicionais, como televisão e jornais, e este espaço é ocupado paulatinamente pelas redes sociais e por mídias digitais/online independentes (o Farol da Bahia é um). É cíclico, num processo bastante corriqueiro, aliás. 

Relacionar cegamente as redes sociais com fake news é, em primeira instância, é desacreditar na democracia: como o eleitor que opta por este meio de informação não tivesse discernimento para separar o útil do descartável, o exagero do crível. Sem dúvida, é um campo que a política precisa melhor estabelecer fronteiras e colonizar de forma mais humana, no entanto, o contato já está estabelecido e sabe-se que é terreno fértil para muitas ambições e realizações.

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