Referência do fotojornalismo brasileiro, Orlando Brito morre aos 72 anos em Brasília

O fotógrafo Orlando Brito, referência do fotojornalismo no Brasil, morreu na madrugada de sexta-feira (11), aos 72 anos, em Brasília, de falência múltipla nos órgãos, após uma cirurgia no intestino. Orlando, que estava na UTI do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), no Distrito Federal, há 34 dias, deixa uma filha, Carolina, e dois netos, Theo e Thomas.

Um dos mais conhecidos e premiados fotógrafos brasileiros, com atuação de destaque na área da política o profissional, ao longo da carreira, fez cliques de presidentes, políticos e personalidades do poder, contando por meio de imagens parte da história política do Brasil, desde os anos 1960.

Orlando, que também passou por mais de 60 países fazendo coberturas presidenciais, papais e esportivas, como Copas do Mundo e Jogos Olímpicos, já produziu um acervo de fotografias de cidadãos comuns, indígenas e expoentes do mundo cultural. 

Enquanto esteve no jornal "O Globo", em 1979, o fotografo se tornou o primeiro brasileiro premiado no “World Press Photo Prize” do Museu Van Gogh, de Amsterdã, na Holanda, o mais prestigiado prêmio de fotojornalismo do mundo. Ele conquistou o primeiro lugar na categoria "Sequências", com uma sucessão de fotos que retratavam um exercício militar intitulada "Uma missão fatal".

Além disso, no Prêmio Abril de Fotografia, Brito foi considerado "hors concours", com 11 vitórias. Ele também publicou seis livros de fotografia, como “Poder, Glória e Solidão”, que retrata episódios e personalidades da história política do Brasil.